Impermeabilização de obras na crise: como reduzir custos?

Como reduzir custos na impermeabilização de obras? Confira a seguir algumas dicas que separamos sobre esse tema:
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Em meio à crise, economizar dinheiro é essencial até nas obras. No entanto, fazê-lo na impermeabilização é desafiador – saiba como atingir este objetivo

Não é nenhum segredo que a situação econômica do Brasil está desfavorável. Em meio ao contexto de inflação alta e o menor poder de compra em cinco anos, o brasileiro procura onde economizar – e isso inclui até as obras.

No entanto, este corte de gastos pode causar dores de cabeça se não for feito pensado com o uso de opções que possam manter a qualidade. Isto se prova principalmente no caso da impermeabilização, pois não fazê-la corretamente causa infiltração – considerada por especialistas um dos principais desafios de obras.

Com o objetivo de evitar que este problema gere mofo, rachaduras ou até a corrosão de estruturas, é necessário saber fazer a impermeabilização de forma a vedar materiais porosos.

Quanto investir em impermeabilização da obra

Não é segredo entre especialistas: a impermeabilização preventiva é a maneira mais barata de realizar este procedimento. Segundo Wilson Simões das Neves, gerente executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), o ideal é que ela conte com investimento entre 1 e 3% do custo total da obra.

“A impermeabilização é essencial para a saúde da edificação, pois garante a sua longevidade”, explica. Além disso, uma impermeabilização mal executada pode gerar problemas que variam do comprometimento da estrutura da construção e o desenvolvimento de fungos e bactérias que causam doenças respiratórias.

Caso o proprietário do imóvel opte por não o fazer adequadamente, os gastos se tornam ainda maiores. “A impermeabilização corretiva costuma custar três ou quatro vezes mais que a preventiva”, conta Neves. Segundo ele, as infiltrações podem causar danos na edificação inteira, não se limitando a um cômodo.

Benefícios da impermeabilização de obras

Fazer uma boa impermeabilização oferece uma vasta gama de benefícios à edificação. Entre eles, vale destacar um aumento na durabilidade da construção, seja oferecendo melhor aparência quanto garantindo maior segurança.

Além disso, o uso de insumos de qualidade e seguindo as boas práticas de impermeabilização reduz gastos na obra. Isso permite que as infiltrações não surjam e, com isso, não seja necessário gastar com novas intervenções e reparos.

Como fazer impermeabilização de obras 

Seja água de lavagem, banho ou chuva, a impermeabilização é imprescindível para evitar que esta água prejudique a estrutura. Além de problemas estéticos, as infiltrações geram desvalorização do imóvel e riscos à saúde e segurança das pessoas. Por isso, os seguintes cuidados precisam ser tomados na obra:

1. Escolha o tipo de impermeabilização adequado

Existem dois tipos de impermeabilizações que podem ser usadas na obra. Por isso, é imprescindível escolher o adequado, pois é um fator central para o planejamento da obra:

  • Impermeabilização rígida: Recomendada para áreas com variações pequenas de temperatura ou pouca movimentação como garagens, galerias ou baldrames. Nela, são usados aditivos químicos que são aplicados nas superfícies dos materiais usados;
  • Impermeabilização flexível: Usada nas demais áreas da edificação é feita com materiais à base de polímero e elastômero. Desta forma, ela pode ser pré-moldada ou instalada na obra.

2. Use os materiais corretos

Além de escolher o tipo de impermeabilização ideal para cada região da obra, deve-se usar os materiais corretos. Geralmente, este processo é feito com os seguintes materiais:

  • Manta asfáltica: Como o nome diz, é um tipo de asfalto com polímeros. Recomendado para lajes planas ou inclinadas e áreas úmidas, possui função estruturante;
  • Emulsão asfáltica: Usado em áreas frias, lajes e terraços, este monocomponente é aplicado com baixas temperaturas;
  • Emulsão acrílica: Indicado para paredes, coberturas, marquises e lajes, este material é uma base acrílica com elastômero;
  • Selante: Recomendado para preencher caixilhos, juntas, fissuras e trincas;
  • Hidrorrepelente (hidrofugante): Por repelir a água, consegue manter a superfície seca e não modifica a aparência. Por isso, o ideal é usá-lo em telhas e fachadas de concreto, pedras e tijolos;
  • Argamassa polimérica: Perfeito para piscinas, reservatórios de água, subsolos, poços de elevadores e rodapés, este polímero é acrescido ao cimento é oferece um revestimento cuja impermeabilidade é perfeita.

Para garantir a qualidade dos materiais, é essencial checar a ficha técnica e garantia deles. E, é claro, pesquisar preços para não gastar mais do que poderia – desde que em marcas de confiança e qualidade comprovada.

3. Saiba escolher os profissionais adequados

Economia de recursos não está somente na escolha dos materiais, mas também da mão de obra que executará o serviço. Por isso, o ideal é contratar profissionais especializados e com boas recomendações -vale lembrar da importância de uma gestão de obras na construção para este momento.

Veja também a importância do planejamento de obras: cuidados essenciais para ter sucesso

Caso você opte por fazer a reforma por conta própria, existem duas possibilidades: pedir ao fornecedor dos materiais oferecer treinamento ou procurar tutoriais e guias na internet para aprender a executar o serviço.

No entanto, contar com mão de obra especializada é um investimento mais seguro. Afinal, o barato pode sair caro – gerando retrabalhos e problemas de segurança para todos que usarem o local.

4. Faça a preparação do substrato

Depois de elaborar o planejamento de obras, definir quem fará o serviço e adquirir os materiais, é hora de começar. A primeira etapa é preparar o substrato, arredondando cantos vivos e usando argamassa cimentícia. Nesta etapa, deve ter caimento em direção aos ralos e dutos.

Aqui, o uso do selante adequado para tapar fissuras e juntas é essencial. E, é claro, realizar a limpeza para não ter materiais como óleos ou poeira que podem atrapalhar a aderência do impermeabilizante escolhido.

5. Não esqueça da pintura impermeável

O ideal é ter mão de obra especializada como aplicador ou pintor com experiência comprovada com o material utilizado. Para fazê-lo, deve-se remover o reboco para fazer correções, podendo até ser necessário alcançar a estrutura para tirar a umidade.

6. Teste a impermeabilização e faça o acabamento

Terminou este processo? Agora é hora de verificar se a impermeabilização foi feita de maneira efetiva. A maneira mais simples de fazê-la é cobrir a área com uma lâmina de água por um período de até 24 horas. 

Depois, basta verificar se alguma infiltração surgiu. Caso não tenha ocorrido, é possível colocar o piso e o contrapiso com tranquilidade – afinal, a área está impermeabilizada. Para concluir, é hora de fazer o acabamento da obra com grafiato, textura ou pintura.

E lembre-se: o ideal é deixar a impermeabilização para o final da obra, pois isso evitará eventuais danos à região – seja com o carregamento de equipamentos e materiais ou com a circulação de pessoas. Isso garantirá um serviço de qualidade e que não precisará de retrabalhos.

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