Calcular o custo de uma obra é uma das tarefas mais importantes, mas também uma das mais desafiadoras para qualquer construtora.
Um cálculo bem-feito pode ser a chave para garantir que o projeto seja concluído dentro do orçamento e sem surpresas financeiras. Mas como fazer esse cálculo de forma eficiente e precisa?
O custo de obra envolve uma série de variáveis, desde a compra de materiais até o pagamento de mão de obra e o uso de equipamentos. Neste texto, vamos explicar passo a passo como calcular o custo de uma obra, levando em conta os diferentes elementos que compõem esse valor.
Então, se você quer aprender como otimizar seus orçamentos e garantir que sua obra seja rentável, continue lendo para entender tudo o que você precisa saber sobre o cálculo de custo de obra!
O que significa custo de obra?
O custo de obra é o total de todas as despesas necessárias para executar um projeto de construção. Afinal, isso inclui desde os materiais e a mão de obra até os custos com equipamentos, impostos, transportes, licenças e outros serviços envolvidos na obra.
Em termos simples, é o valor total que a construtora vai gastar para transformar o projeto em realidade, levando em consideração cada item e etapa. Para calcular o custo de obra de forma eficiente, é importante considerar todos esses fatores, evitando surpresas financeiras durante a execução.
Ao ter um controle claro sobre os custos, a construtora consegue se planejar melhor, tomar decisões mais assertivas e garantir o projeto dentro do orçamento e do prazo.
O que é o conceito de metro quadrado na construção civil?
O metro quadrado, ou m², é uma unidade de medida fundamental na construção civil usada para calcular a área de qualquer superfície.
No contexto de obras, o m² é usado para estimar a quantidade de materiais necessários, a quantidade de trabalho envolvido e, claro, para calcular o custo total de uma obra. Quando você calcula o custo por metro quadrado, está considerando todos os insumos necessários para construir uma área daquele tamanho, seja para um edifício, uma casa ou até mesmo uma reforma.
O cálculo de m² ajuda a definir o orçamento de obras, além de permitir comparações de custos entre diferentes projetos e tipos de obra. Assim, entender o conceito de metro quadrado é essencial para um planejamento de custos preciso e eficiente.
Considerações nos custos das construções:
São considerados como os custos das obras as despesas que são provenientes da contratação de profissionais, insumos, equipes, matéria-prima, aluguel ou aquisição e manutenção de equipamentos e máquinas, produtos, entre outros.
Assim, esses valores compõem o orçamento de obras antes de começar a fase da construção de um projeto. Também são calculados os valores finais dos serviços.
Quais são as principais etapas de uma obra?
A execução de uma obra é um processo complexo que envolve diversas etapas, cada uma com suas especificidades e desafios.
Para garantir que o projeto seja concluído dentro do prazo e do orçamento, é essencial entender como essas fases se interligam e qual a importância de cada uma delas.
A seguir, vamos explorar as principais etapas de uma obra, desde o início, com os serviços preliminares, até o acabamento final, destacando a função e a importância de cada uma.
1. Serviços preliminares
Os serviços preliminares são as primeiras ações realizadas antes do início efetivo da construção. Nessa etapa, realiza-se a limpeza do terreno, o cercamento da área e o preparo do local para as obras.
Isso inclui também a instalação de canteiro de obras, com áreas para armazenamento de materiais, banheiros e escritórios temporários. Esses serviços são essenciais para garantir que o local esteja pronto e seguro para receber a construção, além de garantir a organização durante toda a obra.
2. Infraestrutura
A infraestrutura é a base de toda a construção. Nessa etapa, realiza-se as fundações, que podem ser rasas ou profundas, dependendo das características do terreno.
A fundação é a parte da obra responsável por distribuir as cargas da construção para o solo de forma segura. Além disso, inclui a execução de galerias pluviais e o preparo do terreno para a construção das lajes e pisos.
A infraestrutura é fundamental para garantir a estabilidade e durabilidade da obra.
3. Superestrutura e vedação
A superestrutura envolve a construção das partes principais do edifício que ficam acima da fundação, como pilares, vigas e lajes. É aqui que a obra começa a ganhar forma, com o levantamento das paredes e estrutura de sustentação.
A vedação, por sua vez, envolve a construção das paredes externas e internas, além da colocação de portas e janelas. Essa etapa é crucial para garantir que a construção tenha a resistência necessária e que os espaços estejam devidamente delimitados para as próximas fases.
4. Cobertura
A cobertura é responsável por proteger a construção das intempéries e garantir a segurança térmica e acústica dos ambientes. Essa etapa envolve a construção do telhado ou laje, dependendo do projeto.
Em construções residenciais, por exemplo, os telhados podem ser feitos com diferentes materiais, como telhas cerâmicas, metálicas ou de concreto. Além da proteção contra a chuva, a cobertura também influencia na estética e no conforto térmico da obra.
5. Esquadrias
As esquadrias são as estruturas que envolvem portas, janelas e outros elementos de fechamento. Elas são fundamentais para garantir a segurança, ventilação e luminosidade dos ambientes.
A escolha das esquadrias deve considerar não só o material, como madeira, alumínio ou PVC, mas também a funcionalidade e o estilo do projeto. Essa etapa pode incluir a instalação de portas e janelas, além de acabamentos nas aberturas para garantir o isolamento e o bom funcionamento dos elementos.
6. Acabamentos e revestimentos
Os acabamentos e revestimentos são as etapas em que a obra ganha a sua forma final. Nessa fase, são aplicados pisos, azulejos, cerâmicas e outros materiais nas paredes e no chão, além de pintura e detalhes de acabamento como rodapés e sancas.
Então, agora é o momento de dar o toque final ao projeto, assegurando que o acabamento seja feito com qualidade, estética e durabilidade. A escolha do material certo e a execução cuidadosa dessa etapa garantem o bom aspecto e a longevidade da obra.
7. Instalações hidráulicas e sanitárias
As instalações hidráulicas e sanitárias são essenciais para garantir o fornecimento de água e o correto escoamento de resíduos.
Realiza-se nessa etapa os encanamentos de água potável, esgoto e gás, bem como a instalação de banheiros, pias e torneiras.
Essa fase exige bastante cuidado, pois erros nas instalações hidráulicas podem resultar em vazamentos ou falhas no sistema, impactando diretamente o funcionamento da obra no futuro.
8. Instalações elétricas
As instalações elétricas envolvem a distribuição de energia para todos os ambientes da obra. Assim, se faz as instalações de fiação, tomadas, interruptores, quadros de distribuição e outros componentes elétricos.
A segurança e a conformidade com as normas técnicas são essenciais nessa etapa, pois qualquer falha no sistema elétrico pode causar sérios riscos. É importante que profissionais qualificados realizem essa etapa para garantir o funcionamento eficiente e seguro de todo o sistema elétrico.
9. Pintura interna e externa
A pintura interna e externa é a etapa responsável por dar o acabamento final nas superfícies da obra. Além de ser uma questão estética, a pintura também protege as superfícies contra desgastes e intempéries.
Nessa fase, aplicam-se as tintas nas paredes, tetos, portas, janelas e fachadas externas. A escolha das tintas e técnicas de aplicação é essencial para garantir um bom acabamento e durabilidade do revestimento.
10. Serviços complementares
Os serviços complementares são todas as ações que ficam por último e que não se encaixam nas etapas anteriores. Isso pode incluir a instalação de equipamentos de segurança, como extintores, sistemas de alarme e controle de incêndio, limpeza final do canteiro de obras, entre outros.
Esses serviços são importantes para garantir que a obra esteja pronta para ser entregue ao cliente, em condições ideais para o uso e com todos os detalhes funcionando corretamente.
Como calcular o custo de uma obra?
Calcular o custo de uma obra é essencial para garantir que o projeto seja executado dentro do orçamento e para evitar surpresas financeiras ao longo do processo. O custo de uma obra inclui todos os gastos necessários, desde os materiais e mão de obra até os custos indiretos, como taxas e impostos.
Para calcular corretamente, é necessário considerar cada etapa do projeto, estimar os custos dos insumos e somar os custos variáveis e fixos envolvidos. Além disso, é importante ter um bom planejamento, acompanhar os gastos em tempo real e fazer ajustes sempre que necessário.
Descubra como fazer o cálculo do custo por metro quadrado
O SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) do IBGE faz o cálculo dos índices de custo por metro quadrado construído no canteiro de obras.
Mas, o resultado não inclui o preço de compra dos terrenos ou a administração, fundação, equipamentos de trabalho, muros…Porém, esse valor da unidade padrão pode mudar dependendo da localização.
Como fazer o cálculo básico?
Esse custo é obtido através do preço total do espaço do edifício pela quantidade total de metros quadrados na propriedade construída. Suponha que um terreno com 30 metros custa R$ 300 e que a edificação tenha 1.000 m², enquanto o valor do aluguel é de R$ 3000. Fazendo a conta, a taxa mensal da unidade padrão será R$ 3.
Custo Unitário Básico (CUB)
O Custo Unitário Básico (CUB) é um valor médio calculado por metro quadrado para obras de construção, levando em consideração uma série de fatores, como o tipo de obra, a localização e a qualidade dos materiais utilizados.
Esse valor é calculado com base em uma pesquisa de preços realizada periodicamente, e serve como um parâmetro para estimar os custos de novos projetos. O CUB é usado principalmente para comparar e calcular os custos de diferentes tipos de obras e pode ser uma ferramenta útil para realizar orçamentos mais rápidos e precisos.
Índice Nacional de Custos da Construção (INCC)
O INCC é um indicador que mede a variação dos custos da construção civil no Brasil. Ele é calculado mensalmente e reflete a evolução dos preços de materiais, mão de obra e outros custos envolvidos na construção de imóveis.
O INCC é importante para ajustar orçamentos e contratos, uma vez que os preços da construção podem variar ao longo do tempo devido à inflação e outros fatores econômicos. É essencial que as construtoras estejam atentas a esse índice para manter seus orçamentos atualizados e evitar surpresas financeiras.
Tabela de preços
A tabela de preços é uma ferramenta essencial para qualquer orçamento de obra, pois ela contém os valores de mercado para materiais, mão de obra, equipamentos e serviços relacionados à construção civil. Essas tabelas são frequentemente atualizadas e ajudam a estimar com precisão os custos envolvidos no projeto.
Ao utilizar uma tabela de preços confiável, a construtora consegue calcular de forma mais detalhada e realista os custos da obra, garantindo que os gastos estejam dentro do orçamento planejado.
O que é CUB?
O CUB nada mais é do que um acrônimo para Custo Unitário Básico, que se refere a um indicador muito utilizado na construção civil para estimar o custo de uma obra. Calcula-se a métrica com base nos metros quadrados construídos.
Dessa maneira, serve como um parâmetro para determinar os custos totais de um projeto, ajudando o mercado imobiliário e também como um índice macroeconômico da construção civil.
Quais custos estão envolvidos nesse cálculo?
São os critérios determinados pela ABNT que estipulam como calcular o CUB. Então, neste cálculo considera-se fatores como:
- materiais utilizados na construção: areia, tijolo, ferragens, blocos, vidros, entre outros;
- mão de obra: custos inerentes à contratação de fiscais de obra, pedreiros, engenheiros, serventes…
- equipamentos: aquisição ou locação de betoneiras, martelete, andaimes, entre outros…
De acordo com determinações da ABNT, existem alguns elementos que não integram o cálculo, são eles: gastos referentes às fundações, paredes-diafragma, submuramentos, rebaixamento de lençol freático, etc.
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Como calcular o CUB?
Fazer o cálculo do CUB é simples: você só precisa fazer a soma de todos os custos para a compra de materiais, contratação de equipe e mão de obra e a aquisição ou locação de equipamentos e dividir esse resultado pela área construída em metros quadrados.
Para simplificar:
CUB = (preço dos materiais + custo de mão de obra + preço dos equipamentos) / área construída.
Esse resultado vai ser a relação de custos por metro quadrado e vai guiar a elaboração do seu projeto, possíveis exclusões e incorporações de elementos que possibilitem adequar a construção ao orçamento de obras do seu cliente.
O CUB é predeterminado pelo Sinduscon (Sindicato da Construção) de cada um dos estados brasileiros. Assim, é possível conferir o valor referente ao Custo Unitário Básico do seu estado no site da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Mas, fique atento! Isso não quer dizer que o valor da obra vai ser exatamente a multiplicação do CUB pela metragem quadrada do seu projeto.
Ainda é necessário levar em consideração os gastos que não estão inclusos no CUB pela ABNT e os Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) para a composição da sua função, que vai ser a base para calcular o custo total da construção.
Como escolher o tipo de orçamento certo para cada obra?
Escolher o tipo de orçamento certo para cada obra depende de diversos fatores, como o tamanho da obra, o nível de complexidade e o tipo de construção.
Para obras pequenas e simples, pode-se optar por orçamentos mais rápidos e menos detalhados, com base em valores médios como o CUB.
Já para obras mais complexas, como prédios comerciais ou residenciais de alto padrão, é necessário detalhar ainda mais o orçamento, além de sempre levar em consideração cada etapa da construção e cada insumo utilizado.
Além disso, a escolha do tipo de orçamento também deve considerar as expectativas do cliente e o nível de personalização exigido no projeto.
Como baratear o custo de uma obra?
Para baratear o custo de uma obra, é essencial adotar uma gestão eficiente e buscar maneiras de otimizar os recursos. Isso inclui negociar melhores preços com fornecedores, escolher materiais de boa qualidade, mas com bom custo-benefício, e minimizar desperdícios.
Outra forma de reduzir custos é fazer um planejamento, evitando retrabalhos e imprevistos que possam aumentar os custos da obra.
O uso de tecnologias, como softwares de gestão de obras, pode ajudar a automatizar processos, controlar estoques e melhorar a comunicação entre as equipes, resultando em uma obra mais eficiente e econômica.
Elaborando seu orçamento de obras
Elaborar um orçamento de obras exige atenção aos detalhes e um bom planejamento. Para criar um orçamento preciso, é necessário fazer uma lista de todos os custos, incluindo materiais, mão de obra, equipamentos e custos indiretos.
É importante usar ferramentas como tabelas de preços, índices como o INCC e o CUB para garantir que os valores estejam alinhados com o mercado. Um orçamento bem-feito também deve considerar uma margem de segurança para imprevistos e alterações durante a execução da obra, evitando surpresas no futuro.
Calcular o custo de uma obra de forma precisa é fundamental para garantir a execução dentro do orçamento e evitar surpresas.
Assim, ao adotar boas práticas de orçamento e utilizar ferramentas como o Obra Prima, você consegue automatizar o processo, aumentar a precisão dos cálculos e otimizar a gestão do projeto.
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