Last Planner System (LPS): para que serve e principais benefícios

Amanda Gregio

Implementar planejamento em obra nunca foi simples. O cronograma pode estar perfeito no papel, mas basta um fornecedor atrasar, uma equipe faltar ou o clima virar para todo o planejamento “escorregar”. 

Foi justamente para enfrentar esse cenário real dos canteiros que surgiu o Last Planner System (LPS). Um método colaborativo, prático e altamente visual criado dentro da filosofia Lean Construction, que transforma o planejamento em algo vivo, confiável e realmente executável.

Se você busca produtividade, previsibilidade e menos retrabalho, continue lendo! Este conteúdo vai te mostrar como o LPS funciona, por que tantas construtoras estão adotando o método e como aplicá-lo na sua obra.

O que é o Sistema Last Planner?

O Last Planner System é um sistema de planejamento e controle de produção voltado para obras. Ele organiza as atividades de forma colaborativa entre quem realmente executa o trabalho, os “últimos planejadores”, como encarregados, mestres de obras, líderes de equipe e supervisores.

Ao contrário do cronograma tradicional, que vem de cima para baixo, o LPS cria compromissos realistas, baseados nas condições reais do canteiro e no que cada equipe consegue assumir com segurança.

Para que serve o Last Planner System na construção civil?

O objetivo central do LPS é aumentar a confiabilidade do planejamento. Ele reduz a variação, antecipa problemas e garante que as frentes de trabalho avancem no ritmo certo.

O sistema serve para:

  • Sincronizar equipes;
  • Alinhar prioridades;
  • Facilitar comunicação;
  • Reduzir desperdícios;
  • Prever gargalos antes que afetem a obra.

Em resumo: o LPS transforma o planejamento em um processo contínuo, participativo e mais próximo da realidade da execução.

Quais são os principais benefícios do Last Planner System?

Antes de detalhar cada vantagem, é importante entender por que o Last Planner System ganhou tanto espaço nos canteiros modernos. 

O método não melhora apenas o planejamento no papel: ele muda a forma como a obra funciona no dia a dia, aproximando o planejamento da execução real e eliminando a distância entre o “previsto” e o “feito”. Isso gera impactos diretos na produtividade, na redução de desperdícios e na previsibilidade do cronograma de obras

Agora que o conceito está claro, vamos aprofundar cada benefício e como ele aparece na prática das obras:

Maior confiabilidade

Obras passam a ter previsibilidade real porque os compromissos são assumidos por quem executa. Isso reduz a diferença entre o que foi planejado e o que realmente foi feito.

Redução de desperdício

Ao antecipar entraves como falta de material, interferências e equipes sem frente liberada, o LPS evita horas ociosas, retrabalhos e gastos desnecessários.

Colaboração aprimorada

O método exige que todos participem do planejamento e da revisão semanal, criando um ambiente de comunicação constante. Quanto mais alinhamento, menos surpresas.

Resolução proativa de problemas

O foco não é “culpar” atrasos, mas identificar por que ocorreram e agir para que não aconteçam novamente. É melhoria contínua aplicada ao canteiro.

Como funciona o Last Planner System: passo a passo

Antes de aplicar o Last Planner System, é essencial entender que ele não é apenas uma ferramenta, mas um processo contínuo de planejamento colaborativo que acontece em diferentes horizontes de tempo. 

Cada etapa tem uma função específica: algumas ajudam a definir a visão geral da obra, outras preparam as condições para que o trabalho aconteça e, por fim, há as etapas que garantem a execução diária sem surpresas. 

Quando essas camadas trabalham juntas, o planejamento deixa de ser estático e passa a refletir o que realmente acontece no canteiro de obras

Planejamento Mestre/Planejamento de Fases

É o plano de longo prazo da obra, normalmente alinhado ao cronograma macro. Ele define grandes marcos, fases e datas-chave. Serve como referência geral.

Planejamento antecipado

Normalmente cobre de 3 a 6 semanas à frente. Nesse período, a equipe identifica restrições, analisa o que pode impedir a execução e prepara as condições para que as tarefas possam ocorrer sem interrupções.

Planejamento de Trabalho Semanal

É aqui que a mágica acontece. As equipes assumem compromissos reais para a semana, negociando prazos e atividades conforme capacidade e condições do canteiro. O planejamento vira um contrato de curto prazo.

Reuniões diárias de acompanhamento

São rápidas, objetivas e servem para alinhar o andamento do dia, identificar problemas emergentes e destravar a produção antes que os atrasos se acumulem.

Revisão e Melhoria

A equipe analisa o que ficou pendente, entende as causas e registra oportunidades de melhoria. Esse aprendizado retroalimenta o próximo ciclo.

O que é PPC (Percentual de Planos Concluídos) no Last Planner?

O PPC, Percent Percent Complete, é o principal indicador do método. Ele mede o quanto das atividades planejadas foram realmente concluídas. A fórmula é simples:

PPC = atividades concluídas / atividades planejadas × 100

Mas o valor do PPC não está no número em si. A verdadeira riqueza é entender por que uma atividade não foi concluída. Essas causas revelam gargalos, falhas de fluxo, problemas de suprimentos ou erros de previsão. Com isso, a obra se torna mais previsível a cada ciclo.

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Se sua obra precisa de organização, previsibilidade e acompanhamento diário, exatamente o que o Last Planner propõe, o Obra Prima é o sistema ideal para transformar o planejamento em resultado. Com ele você:

  • Acompanha PPC, prazos e percentuais em tempo real;
  • Registra restrições e liberações;
  • Integra equipes com informações centralizadas;
  • Controla materiais, custos e diário de obra;
  • Toma decisões com base em dados;
  • Reduz improvisos e retrabalhos

O planejamento deixa de ser estático e vira um processo vivo, visível e fácil de acompanhar.

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