Gestão de contratos de obra: tudo o que você precisa saber

Amanda Gregio

Em uma obra, o contrato não é apenas um documento jurídico. Ele é um dos documentos mais importantes na relação entre construtora, fornecedores, prestadores de serviço e clientes. Quando a gestão de contratos falha, os problemas aparecem rápido: atrasos, custos fora do previsto, disputas, retrabalho e desgaste entre as partes.

Neste conteúdo você entenderá a importância de um contrato bem gerido ao longo de todo o seu ciclo de vida e como ele deixa de ser um “papel assinado” e passa a ser uma ferramenta ativa de controle, previsibilidade e tomada de decisão. 

Continue a leitura para entender mais sobre a gestão de contratos dentro da construção civil.

O que é gestão de contratos na construção civil? 

Gestão de contratos é o conjunto de práticas que garante que tudo o que foi acordado em contrato seja cumprido corretamente, no prazo, no custo previsto e com a qualidade esperada. Isso inclui acompanhar cláusulas, prazos, valores, medições, reajustes, aditivos, responsabilidades e penalidades.

Na construção civil, essa gestão é ainda mais crítica porque os contratos envolvem múltiplas partes, atividades interdependentes e riscos técnicos, financeiros e jurídicos elevados.

Quem deve ser o responsável por essa gestão?

A responsabilidade pela gestão de contratos não deve ficar concentrada apenas no jurídico ou no financeiro. Na prática, ela é compartilhada.

O gestor de obras acompanha a execução e o cumprimento técnico, o financeiro controla pagamentos e medições, o jurídico apoia em cláusulas e disputas, e a liderança do projeto garante alinhamento entre todas as áreas. Quanto mais integrada essa gestão, menor o risco de falhas.

Gestão do ciclo de vida do contrato: quais são as etapas?

Todo contrato passa por um ciclo claro, e entender essas etapas evita problemas futuros.

Pré-contratação

É o momento de estruturar bem o contrato. Definir escopo, prazos, critérios de medição, responsabilidades, riscos e penalidades. Erros aqui costumam gerar conflitos lá na execução.

Negociação

Aqui ocorre o alinhamento entre as partes. Não se trata apenas de preço, mas de deixar expectativas claras sobre entregas, mudanças, comunicação e tomada de decisão.

Pré-execução

Após a assinatura, o contrato precisa ser entendido por quem vai executá-lo. Reuniões de alinhamento, leitura técnica do contrato e organização dos controles são fundamentais.

Execução

É a fase mais longa e sensível. Envolve acompanhamento de prazos, medições, pagamentos, aditivos, registros de ocorrências e controle de desvios.

Encerramento

Inclui conferência final das entregas, quitação de pendências, encerramento financeiro, arquivamento e registro de lições aprendidas para contratos futuros.

Qual é a importância da gestão de contratos na Construção Civil?

Uma boa gestão de contratos reduz riscos jurídicos, evita perdas financeiras e aumenta a previsibilidade da obra. Ela permite que o gestor saiba exatamente onde estão os compromissos assumidos, quais riscos estão ativos e quais decisões precisam ser tomadas antes que o problema apareça.

Contratos bem geridos fortalecem relações comerciais e aumentam a credibilidade da construtora no mercado.

Como trazer mais previsibilidade com a gestão de contratos?

Previsibilidade vem de controle e informação. Quando prazos, valores, medições e obrigações estão organizados e atualizados, o gestor consegue antecipar atrasos, identificar impactos financeiros e agir antes que o desvio vire prejuízo.

Contratos integrados ao cronograma e ao orçamento transformam o planejamento em algo vivo, não apenas estimativo.

O que acontece quando há descumprimento de contrato? 

O descumprimento pode gerar multas, rescisões, retenções de pagamento e até ações judiciais. Mas, antes disso, ele costuma causar atrasos em cadeia, aumento de custos indiretos e conflitos entre equipes.

Uma gestão eficiente permite identificar o descumprimento rapidamente, registrar evidências, aplicar cláusulas corretivas e buscar soluções antes que o problema escale.

Como fazer gestão de contratos: passo a passo e boas práticas

A gestão eficiente segue alguns princípios claros. Entenda os principais para colocar em prática na sua rotina de gestão:

1) Preparação antes da assinatura do contrato

Todo contrato deve nascer alinhado ao planejamento da obra, com escopo bem definido, critérios objetivos e riscos mapeados.

2) Comunicação e transparência durante todo o processo

Contratos não funcionam isolados. Reuniões periódicas, registros formais e canais claros evitam ruídos e interpretações equivocadas.

3) Previsão e gestão de mudanças no projeto

Mudanças acontecem. O importante é ter regras claras para aditivos, prazos e impactos financeiros, evitando improvisos.

4) Monitoramento e avaliação contínuos

Acompanhar indicadores de prazo, custo e desempenho contratual evita surpresas no final da obra.

5) Integração de prazos, replanejamento e controle financeiro

Contrato, cronograma de obras e orçamento devem conversar entre si. Quando um muda, os outros precisam ser ajustados.

6) Tratamento de descumprimentos e disputas

Registrar ocorrências, documentar fatos e agir com base no contrato reduz conflitos e fortalece a posição da empresa.

7) Encerramento estruturado e lições aprendidas

Encerrar bem um contrato evita passivos ocultos e melhora os próximos projetos.

Quais são os desafios do setor?

A construção civil lida com contratos complexos, múltiplos fornecedores, alterações frequentes de escopo e baixa padronização documental. Sem processos claros, isso gera perda de controle, retrabalho e insegurança jurídica.

Como trazer mais previsibilidade com a gestão de contratos?

A previsibilidade aumenta quando o contrato está conectado ao dia a dia da obra. Isso significa ter clareza sobre marcos e entregas, critérios objetivos de medição e aceite, cronograma alinhado aos gatilhos de pagamento, e um processo formal para registrar ocorrências, solicitações e mudanças. 

O contrato vira uma régua: tudo o que foge do combinado aparece rapidamente, e o gestor consegue agir antes do desvio virar prejuízo.

O que acontece quando há descumprimento de contrato? 

Como já mencionamos anteriormente, na construção civil, o descumprimento de contrato tende a gerar efeito dominó: atraso de uma frente trava outra, o custo indireto cresce, a equipe fica ociosa, a pressão por prazo aumenta e a qualidade cai. 

Por isso, o impacto costuma ser operacional e financeiro antes mesmo de virar uma discussão jurídica.

Do ponto de vista contratual, o descumprimento pode levar a aplicação de multas, retenções, glosas em medições, exigência de correção, substituição do fornecedor, rescisão e, em casos mais graves, judicialização. 

O ponto-chave para o gestor é não discutir no vazio. É registrar o fato, reunir evidências (datas, fotos, RDO, comunicações), notificar formalmente conforme o contrato e acionar o plano de correção. 

Quando a obra documenta bem, a empresa reduz risco, negocia com mais força e evita que a disputa vire um buraco sem fundo.

Otimizando a gestão de contratos com tecnologia: Obra Prima

Gerir contratos manualmente, com planilhas e pastas físicas, torna o processo lento e vulnerável a falhas. O Obra Prima centraliza contratos, aditivos, medições, prazos e documentos em um único sistema, integrado ao planejamento e ao financeiro da obra.

Isso permite que o gestor acompanhe o contrato em tempo real, identifique riscos, evite esquecimentos e tome decisões baseadas em dados, não em suposições. Quem domina esse processo reduz riscos, melhora resultados e constrói relações mais sólidas com parceiros.

Se você quer transformar contratos em aliados da sua obra, experimente o Obra Prima e veja como a tecnologia pode simplificar, organizar e profissionalizar a gestão contratual do seu negócio.

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