Você já se perguntou se cada obra que sua construtora executa realmente dá lucro? Muitos gestores acompanham custos, prazos e entregas, mas não medem o que realmente importa: quanto cada investimento retorna pro caixa da empresa.
É aí que você precisa conhecer o ROI — Return on Investment, ou Retorno sobre o Investimento — um indicador simples, mas poderoso, que mostra se o dinheiro aplicado está gerando resultado ou apenas girando sem retorno real.
Na construção civil, entender e calcular o ROI é fundamental para avaliar a rentabilidade de obras, equipamentos, tecnologias e até campanhas de marketing, ajudando o gestor a tomar decisões mais inteligentes e seguras. Quando bem aplicado, essa métrica se transforma em uma ferramenta estratégica capaz de aumentar a lucratividade, eliminar desperdícios e direcionar recursos para onde realmente trazem retorno.
Continue lendo até o final e descubra, de forma prática e sem complicação, como calcular o ROI nas suas obras e usar esse indicador para fazer sua construtora crescer com previsibilidade e lucro real.
Conteúdo do post
O que é ROI e para que serve?
O ROI é um indicador financeiro que mostra quanto uma empresa ganha ou perde em relação ao que investiu.
Esse cálculo é muito importante para que gestores e empreiteiros enxerguem com precisão o impacto de cada escolha financeira, evitando decisões baseadas em intuição e direcionando recursos para o que realmente traz retorno. Ou seja, na prática, ele responde à pergunta que todo gestor de obras deveria fazer: “Valeu a pena o investimento que eu fiz?”
A fórmula é simples: ROI = (Lucro Líquido ÷ Investimento) x 100
Se o resultado for positivo, o investimento trouxe retorno; se for negativo, ele gerou prejuízo.
Por exemplo: se uma construtora investe R$ 100 mil em um novo sistema de gestão e, após alguns meses, percebe um ganho de R$ 150 mil entre economia e aumento de faturamento, o ROI é de 50%. Isso significa que, pra cada real investido, houve um retorno de cinquenta centavos de lucro.
Na construção civil, o ROI pode ser aplicado pra analisar desde obras específicas até compras de equipamentos, treinamentos, softwares, marketing e parcerias comerciais. Ou seja, ele não mede apenas o dinheiro que entra, mas também a eficiência da sua gestão em transformar investimento em resultado.
ROI vs ROAS: qual a principal diferença?
Embora os dois indicadores sejam parecidos, ROI e ROAS têm objetivos diferentes e entender essa diferença evita confusão, especialmente quando se fala de investimentos em marketing e vendas de obras.
O ROI considera todos os custos envolvidos no investimento (mão de obra, impostos, licenças, marketing, operação e administração) pra mostrar a lucratividade real. Já o ROAS (Return on Advertising Spend) mede apenas o retorno direto sobre o gasto com publicidade. Ou seja, ele foca em quanto uma campanha gerou em vendas em relação ao que foi investido nela.
Exemplo: uma construtora gasta R$ 5.000 em anúncios digitais e vende um apartamento de R$ 250.000. O ROAS é 50 (250.000 ÷ 5.000), indicando que cada real investido em mídia retornou cinquenta em receita.
Mas pra saber o lucro real, é preciso aplicar o ROI, considerando custos da obra, comissões, impostos e demais despesas.
Em resumo:
- O ROAS mostra a eficiência da campanha de divulgação.
- O ROI mostra se o investimento total realmente deu lucro.
Na construção civil, o ROI é o indicador mais completo, porque abrange todas as variáveis financeiras da operação, do orçamento da obra até o pós-venda.
Qual a diferença entre ROI e lucro?
Apesar de também estarem relacionados, ROI e lucro não são a mesma coisa. O lucro mostra quanto sobrou após pagar todos os custos e despesas, enquanto o ROI mostra a eficiência do investimento em gerar esse lucro.
Pense assim: Duas construtoras lucraram R$ 100 mil no ano. Mas a primeira investiu R$ 1 milhão e a segunda investiu apenas R$ 300 mil.
O ROI da primeira é de 10%, e o da segunda é de 33%.
As duas tiveram lucro, mas a segunda foi mais eficiente financeiramente, gerando mais retorno com menos investimento. É isso que o ROI revela, quem está apenas lucrando e quem está crescendo de forma inteligente.
Na construção civil, calcular o ROI ajuda o gestor a comparar diferentes obras e identificar quais tipos de projeto trazem mais retorno, quais tecnologias valem o investimento e quais processos estão drenando recursos. Enquanto o lucro mostra o resultado final, o ROI mostra o caminho até ele, e o quão eficiente esse caminho foi.
O que é considerado um bom ROI?
Um bom ROI é aquele que gera lucro acima do investimento realizado e compensa o risco envolvido. Em termos práticos, qualquer ROI positivo já indica que houve retorno, mas o ideal é olhar além do número isolado e considerar o tipo de investimento, o prazo de execução e o nível de risco.
Na construção civil, o ROI varia conforme o porte e o modelo de projeto. Empreendimentos imobiliários costumam buscar um retorno entre 15% e 30%, dependendo da valorização da área e do ciclo de vendas.
Obras corporativas ou públicas, com contratos mais longos e previsíveis, tendem a operar com margens menores, geralmente entre 8% e 15%. Já investimentos em tecnologia, maquinário ou softwares de gestão são avaliados pelo tempo de retorno, ou payback, e um ROI anual acima de 20% costuma ser considerado muito bom.
No entanto, um ROI alto nem sempre é sinal de vantagem. Projetos com margens expressivas podem envolver riscos maiores, como variações de preço de insumos, atrasos ou dependência de fatores externos, como o mercado imobiliário. Por isso, o ideal é analisar o ROI em conjunto com indicadores de risco e liquidez, e compará-lo com o histórico da própria construtora.
Quais custos incluir no cálculo do investimento para o ROI?
Para que o ROI reflita a realidade, é essencial incluir todos os custos envolvidos no investimento, e não apenas o valor principal. Deixar de contabilizar despesas operacionais, administrativas ou financeiras distorce o resultado e pode gerar uma falsa percepção de lucro.
Vejamos alguns dos custos que devem ser considerados são os seguintes:
- Custos diretos da obra: englobam todos os gastos relacionados à execução física, como materiais, mão de obra direta, locação de equipamentos, empreiteiros e transporte de insumos.
- Custos indiretos de operação: são despesas de apoio que, embora não ocorram dentro do canteiro, sustentam a execução. Incluem salários administrativos, energia elétrica, combustível, alimentação, comunicação, licenças, taxas e seguros.
- Custos de investimento e tecnologia: abrangem aquisições de ferramentas e sistemas que melhoram a produtividade, como softwares de gestão, plataformas de orçamentos, treinamentos e equipamentos novos.
- Custos financeiros: referem-se a juros, encargos bancários e eventuais despesas com financiamento ou capital de giro. Mesmo que pareçam marginais, impactam diretamente no lucro líquido e, portanto, devem ser incluídos.
Um cálculo de ROI completo precisa refletir todos esses elementos, mostrando o retorno real da operação e não apenas o ganho aparente. Somente com essa visão ampla é possível identificar quais obras, clientes e processos trazem resultados concretos e quais estão consumindo recursos sem retorno.
Como calcular o retorno do investimento (ROI): passo a passo
Calcular o ROI é mais simples do que parece, mas exige atenção aos detalhes e rigor na coleta dos dados. Lembre-se que o objetivo é identificar, de forma objetiva, quanto cada real investido retorna em lucro para o negócio.
Vamos destrinchar melhor a fórmula do ROI:
ROI = (Ganho do investimento – Custo do investimento) ÷ Custo do investimento × 100
O resultado é apresentado em percentual e mostra o quanto o investimento rendeu ou perdeu. Agora, veja como aplicá-lo na prática, passo a passo:
1. Identifique o ganho do investimento
O primeiro passo é identificar o ganho real gerado pelo investimento. Esse valor pode vir de aumento de receita, redução de custos ou ambos. No caso de uma obra, o ganho pode estar no lucro obtido após a venda do empreendimento; no caso de uma construtora, pode ser a economia obtida com a adoção de um software de gestão ou a melhoria de produtividade em um novo processo construtivo.
Por exemplo: Se a construtora passou a economizar R$ 30 mil por ano após implantar um sistema digital de controle de obras, esse valor representa o ganho direto do investimento. É importante considerar ganhos recorrentes, quando o benefício se estende por vários meses ou anos, para calcular o ROI anualizado.
2. Calcule o custo do investimento
Em seguida, é necessário determinar o custo total do investimento. Aqui é fundamental ser preciso e incluir todos os custos diretos e indiretos, desde a aquisição até a manutenção.
Se o investimento for uma nova ferramenta ou tecnologia, considere o valor da licença, treinamento da equipe, implantação e eventuais custos de adaptação. Se o cálculo for para uma obra, inclua o custo total do terreno, materiais, mão de obra, encargos, licenças, seguros e despesas administrativas.
Exemplo: uma construtora investiu R$ 100 mil na compra de um software de gestão, incluindo instalação e capacitação da equipe. Esse é o custo total do investimento.
3. Aplique a fórmula
Com os dois valores definidos — ganho e custo — basta aplicar a fórmula.
ROI = (Ganho – Custo) ÷ Custo × 100
Usando o exemplo anterior:
- Ganho: R$ 150.000
- Custo: R$ 100.000
ROI = (150.000 – 100.000) ÷ 100.000 × 100 = 50%
Isso significa que, para cada R$ 1,00 investido, a construtora obteve R$ 1,50 de retorno. Em outras palavras, o investimento rendeu 50% acima do valor aplicado.
Exemplos práticos de cálculo de ROI
Imagine o cenário de Rafael, dono de uma pequena construtora que executa obras residenciais em cidades do interior.
Nos últimos meses, ele percebeu que o custo com transporte de entulho e movimentação de materiais estava crescendo demais e decidiu investir em um novo equipamento de logística interna, um mini guindaste hidráulico que prometia reduzir o tempo e o custo de movimentação no canteiro.
O investimento total foi de R$ 18.000, incluindo a compra e o treinamento da equipe. Após seis meses de uso, e muitas anotações e planilhas, Rafael constatou que o equipamento reduziu 25% dos atrasos e 20% dos desperdícios de material, além de liberar funcionários para outras tarefas. Somando as economias diretas e indiretas, o ganho estimado foi de R$ 32.000 no período.
Aplicando a fórmula: ROI = (32.000 – 18.000) ÷ 18.000 × 100 = 77,7%
O resultado mostra que o investimento rendeu 77,7% de retorno, ou seja, para cada real aplicado, Rafael ganhou R$ 1,77 em retorno líquido.
Agora, imagine se Rafael tivesse o apoio do Obra Prima durante esse processo. Com o sistema, ele conseguiria registrar cada custo operacional e comparar os dados de produtividade antes e depois da compra do equipamento, medindo o ROI com precisão e em tempo real, sem depender de anotações ou planilhas dispersas.
O Obra Prima também forneceria relatórios automáticos de custos, economia e desempenho por obra, ajudando Rafael a entender onde o equipamento trouxe mais resultado e em quanto tempo o investimento se pagou.
Esse tipo de controle transforma o ROI em um indicador de gestão contínuo, não apenas um cálculo pontual, o que diferencia a construtora que toma decisões no escuro daquela que investe com base em dados concretos e aumenta a rentabilidade a cada obra.
Como interpretar o resultado do ROI para meu negócio?
Interpretar o ROI corretamente é tão importante quanto calculá-lo. Um resultado positivo indica que o investimento trouxe lucro, mas isso não significa, por si só, que ele foi vantajoso.
Para isso, é preciso considerar três fatores principais: tempo, risco e comparativo.
Um ROI de 50% pode parecer excelente, mas se o retorno veio após três anos, a rentabilidade anual é bem menor. Da mesma forma, um ROI de 15% em seis meses pode ser mais interessante se o investimento tiver baixo risco e alta previsibilidade.
Na construção civil, o ideal é comparar o ROI de diferentes projetos, tecnologias ou fornecedores. Assim, é possível identificar onde o capital é melhor aplicado e quais decisões aumentam a margem de lucro.
Por exemplo, se uma obra gerou ROI de 25% e outra 10%, mas com prazos e riscos parecidos, a primeira deve servir de modelo para o planejamento das próximas.
Além disso, acompanhar o ROI de forma contínua permite corrigir desvios antes que eles se tornem prejuízos.
Quando integrado a um sistema de gestão como o Obra Prima, o ROI deixa de ser um cálculo eventual e se torna um indicador estratégico de performance, atualizado em tempo real a partir dos dados financeiros da obra.
Limitações da métrica ROI
Apesar de sua importância, o ROI não é uma métrica perfeita. Ele fornece uma visão clara sobre o retorno financeiro, mas não considera o tempo de maturação do investimento nem o risco envolvido.
Dois projetos podem apresentar o mesmo ROI, mas com prazos e contextos completamente diferentes, o que altera significativamente o valor real do retorno.
Outra limitação é que o ROI não mede aspectos intangíveis, como melhoria de imagem, satisfação do cliente ou ganho de eficiência operacional, que também impactam o sucesso de uma construtora. Ele tampouco mostra fluxos de caixa intermediários, podendo mascarar períodos de aperto financeiro durante a execução.
Por isso, o ROI deve ser usado em conjunto com outros indicadores, como o payback (tempo de retorno), o VPL (Valor Presente Líquido) e a margem de contribuição.
Essas métricas complementam a análise e ajudam a entender o impacto total do investimento no longo prazo.
O importante é encarar o ROI como um ponto de partida para a tomada de decisão, e não como um fim em si mesmo.
Como calcular o retorno do investimento (ROI): como o Obra Prima pode ajudar?
No fim das contas, calcular o ROI é apenas o primeiro passo. O verdadeiro desafio está em acompanhar os resultados com precisão, manter os custos sob controle e transformar dados em decisões estratégicas.
É aí que o Obra Prima se destaca para construtoras e empreiteiras que querem profissionalizar a gestão financeira das suas obras.
O Obra Prima foi desenvolvido pensando na realidade da construção civil brasileira, empresas que precisam otimizar tempo, reduzir desperdícios e entender, com clareza, se cada projeto está realmente dando lucro. Com ele, o cálculo do ROI deixa de ser um trabalho manual e se torna parte natural do processo de gestão.
O sistema integra todas as áreas da construtora: orçamentos, medições, compras, contratos, financeiro e controle de obras. Isso significa que todas as informações necessárias para calcular o ROI já estão centralizadas e atualizadas em tempo real, sem precisar cruzar dados de planilhas diferentes.
Com o Obra Prima, você consegue:
- Acompanhar o desempenho financeiro de cada obra e visualizar o retorno sobre o investimento em tempo real;
- Reduzir custos e retrabalhos ao integrar os dados de campo e escritório;
- Gerar relatórios automáticos de lucratividade e produtividade por projeto;
- Comparar o ROI de obras passadas e atuais para identificar quais investimentos trazem mais retorno;
- Tomar decisões rápidas e baseadas em dados, e não em suposições.
Enquanto muitos gestores gastam tempo reunindo informações dispersas, o Obra Prima entrega tudo pronto: indicadores financeiros, evolução de custos e relatórios de rentabilidade detalhados. Isso permite agir com antecedência, corrigir desvios e garantir que cada obra seja realmente rentável.
Se você quer entender o verdadeiro retorno das suas obras e elevar o nível de controle e lucratividade da sua empresa, o momento de agir é agora: experimente o sistema!