Saiba como realizar um estudo de viabilidade econômica de obras e proteger o financeiro da construtora.
A principal preocupação de toda construtora é garantir que os projetos tenham seu orçamento de obra organizado e administrado de forma que não gere prejuízos.
Garantir que prejuízos não ocorram, no entanto, pode ser mais difícil que o esperado.
A lucratividade das obras depende de uma gestão de obra eficiente e da redução de erros, usando ferramentas de controle que garantam uma visão completa.
Uma das possibilidades mais eficientes que as construtoras possuem é a realização de um estudo de viabilidade econômica de obras.
Esse estudo é responsável por avaliar o resultado econômico da obra, ou seja, qual será o lucro final do projeto, além de definir como os recursos financeiros devem ser utilizados para chegar nesse valor.
As construtoras se beneficiam muito desse estudo, já que ele prepara o projeto para que o controle financeiro seja maior.
O impacto mais importante é a garantia de que o orçamento elaborado será mais viável e terá uma margem de lucratividade mais segura.
Além disso, um estudo de viabilidade econômica de obra permite observar os elementos legais, assegurando que tudo o que é determinado nas normas como exigência fiscal seja cumprido.
Acompanhe aqui o checklist do estudo de viabilidade econômica de obras e nunca mais sofra com prejuízos.
Estudo de viabilidade econômica de obras: checklist dos 9 cuidados essenciais
Existem alguns elementos fundamentais a serem observados em um estudo de viabilidade de obras para que ele realmente ajude a construtora a garantir os lucros e desviar de prejuízos. Veja aqui os 9 principais e comece a desenvolver os de sua construtora.
1. Custos de insumos (materiais e serviços)
O cálculo de consumo e custo de materiais e serviços é essencial na elaboração de um orçamento de obra.
Não é possível começar a pensar em uma viabilidade econômica sem um orçamento bem elaborado e baseado em um planejamento detalhado da obra.
O levantamento desses custos deve ser feito sempre antes de iniciar o projeto, mesmo que o serviço ou material seja utilizado só na finalização e acabamento.
Nesse momento, é essencial que gestores, engenheiros e equipe de compras trabalhem em parceria. Isso porque o que conta não é só o preço, mas o bom rendimento e qualidade dos materiais.
Não se esqueça, custos de materiais variam muito em pequenos espaços de tempo.
Para isso, é essencial ter todo cuidado ao elaborar o orçamento. Veja aqui como não cometer erros elaborando um orçamento de obra.
2. Custos de aquisição do terreno
Não são só os materiais e serviços que possuem um custo.
O local onde a obra será realizada também deve ser comprado e esse custo inserido na contabilidade da construtora.
Poucas vezes se pensa nesse custo no momento de realizar o orçamento, uma vez que o cliente, em geral, escolhe o local e o compra.
Ainda assim, existem situações em que esse custo fica a cargo da construtora, por isso é importante sempre estar atento.
3. Necessidade de capital
Capital para aquisição de terreno, pagamento de serviços e materiais, entre outros custos, é uma preocupação emergencial.
O cliente não vai pagar o valor total do orçamento logo no início da obra.
Isso significa que, mesmo com o pagamento da primeira parte antes do início, ao menos metade do valor será entregue à construtora apenas no final.
Sem esse dinheiro, finalizar o projeto fica 100% dependente do caixa e controle financeiro que a construtora possui.
Saber quanto de dinheiro será necessário ter em caixa para que o projeto possa ser finalizado sem atrasos é essencial para viabilizar economicamente a obra.
4. Necessidade de investimentos
Existem empreendimentos que partem da construtora, não são contratados por clientes, com o objetivo de serem vendidos depois de prontos.
Nesses casos, analisar os custos e a necessidade de capital pode apontar para um outro ponto: a necessidade de investimento.
Buscar investidores pode ser muito trabalhoso e leva tempo e, como essa necessidade influencia no retorno de todos os recursos investidos em pesquisa e planejamento, deve ser verificado com cuidado.
5. Custos operacionais e remuneração da construtora
Não é só o que é utilizado diretamente na obra que deve ser pago. As construtoras devem considerar, também, custos internos. Pagar aluguel e contas da sala comercial, salário de secretária e outros funcionários, comprar materiais de escritório são gastos importantes para manter a construtora funcionando.
Existem diversas formas de calcular esses valores e inseri-los no orçamento, sendo uma das ferramentas mais eficientes que se pode utilizar para verificar esses custos é o BDI.
6. Situação da economia do país
Custos de materiais, mercado para venda de empreendimentos, possibilidade de conseguir investidores e muitos outros elementos dependem da relação entre construção civil e economia do país.
Quando a economia está em crise e a inflação sofre constantes altas, os materiais se tornam mais caros, por exemplo. Por isso, é essencial estar atento a como anda a situação econômica sempre.
7 Desenvolvimento de cronogramas de obra
Acompanhar o dia a dia da obra, verificar atrasos, erros e problemas, adaptar as falhas do planejamento, evitar atrasos, acidentes e desperdícios. Todos esses elementos dependem de um cronograma de obras bem elaborado e que seja checado dia a dia.
Estruturar os dados conseguidos no estudo de viabilidade econômica de obra em uma linha do tempo eficiente é a única forma de garantir que as previsões sejam cumpridas e prejuízos sejam evitados.
8. Cuidado com a comunicação
De nada adianta cuidar de cada detalhe do planejamento e documentação da obra se a comunicação com as equipes que a executam não existe.
A construção civil sempre foi marcada por imprevistos e não oferecer um canal para que engenheiros esclareça os objetivos do projeto e trabalhadores do canteiro notifiquem possíveis problemas é uma grande falha.
9. Organizar a gestão de estoque
Verifique se existe espaço de armazenagem apropriado, disponibilidade dos materiais que serão usados e alinhamento das datas de entrega das compras.
Apenas tendo os materiais em mãos no tempo certo garante que atrasos e desperdícios sejam minimizados e não impactem os resultados e lucratividade do projeto.
O planejamento começa com estudos de viabilidade econômica de obra
Enfatizamos sempre que toda construtora deve estar atenta ao planejamento, detalhando ao máximo seus elementos e garantindo uma gestão de obras eficiente.
A viabilidade econômica de obras é parte essencial desse planejamento. Apenas com ela é possível avaliar do ponto de vista econômico os aspectos físicos do que se planeja executar.
É uma forma de colocar custo e valor no cronograma, nos relatórios e em diversos outros elementos.
O sucesso de um empreendimento depende de controle e apenas verificando a viabilidade é possível decidir se as escolhas feitas são as corretas.
Quer conhecer outras formas de otimizar o planejamento de obras e os lucros da construtora? Acompanhe o blog Obra Prima e descubra.