Conheça os fatos que a sua construtora nunca deve ignorar sobre o BIM.
BIM, sigla em inglês para Building Information Modeling, ou Modelagem de Informação da Construção em português, é uma metodologia que tem ganhado cada vez mais espaço no dia a dia das construtoras.
A ferramenta oferece grande suporte para a gestão de obras e garante dados e medições mais concretas para modelos 3D de projetos, orçamentos, cronogramas e planejamento de obras, a tecnologia BIM proporciona o suporte necessário para diferentes obras.
Ainda que seja cada vez mais conhecida e utilizada, essa metodologia ainda possui alguns detalhes e fatos que muitas construtoras ignoram. Conheça aqui.
BIM: fatos que toda construtora precisa entender
Ainda que seja cada vez mais conhecido na construção civil, existem algumas verdades sobre o BIM que são muito ignoradas (ou desconhecidas).
O problema é que não conhecer esses detalhes pode, muitas vezes, fazer com que o uso da tecnologia seja incorreto.
Descubra aqui os 6 fatos essenciais para uma melhor implementação da tecnologia BIM nos projetos da construção civil.
1. BIM não é um software
Na busca por definir e explicar melhor, o BIM muitas vezes é descrito como se fosse um software, o que não é verdade.
A melhor forma de descrever seria chamá-lo de prática ou técnica, uma vez que ele é um processo de coleta de dados baseado em 3 partes: pessoas, processos e ferramentas.
Assim, os softwares usados são, na verdade, as ferramentas utilizadas na técnica BIM.
Entenda, o BIM depende de softwares, mas não se reduz a eles, é um processo muito mais amplo e complexo.
Uma das melhores definições seria dizer que é um processo de criação de modelos virtuais mais exatos dos projetos.
Coletando informações sobre pessoas, processos e ferramentas utilizadas para criar um banco de dados que permita visualizar topologia, orçamento, cronograma, subsídios, insumos e atividades da obra.
2. Sustentabilidade é a palavra-chave
Em uma sociedade cada vez mais preocupada em reduzir impactos ambientais, muitas vezes ignoramos que não é apenas a redução de resíduos e uso de matérias primas e água que promovem a sustentabilidade.
Ao utilizar a tecnologia BIM, a execução do projeto se torna mais eficiente e dinâmica.
Isso significa que o tempo para completar a obra será menor, o que, naturalmente, reduz o consumo de energia e os custos da obra, contribuindo com a sustentabilidade.
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O consumo de energia não é reduzido só na execução, mas também na vida útil do edifício, uma vez que o modelo virtual mais completo permite verificar oportunidades de otimização do projeto não só na execução, mas também após a entrega.
A tecnologia BIM também reduz erros, o que significa a redução de desperdícios e de resíduos gerados.
Além disso, pela melhor gestão do planejamento, oferece dados suficientes para a demolição sustentável.
3. BIM vai além da construção
Quando pensamos na criação de bancos de dados promovida por essa técnica, se torna claro que não é apenas na construção de projetos que as vantagens podem ser encontradas.
Se é possível otimizar o planejamento para a execução de uma obra, também é possível aplicar o sistema para melhorar toda concepção de projetos na área de arquitetura, construção civil e engenharia, incluindo a demolição e o retrofit.
Mais do que isso, pode ser aplicado para a manutenção dos empreendimentos, melhorando seu uso, garantindo segurança constante da estrutura pela antecipação de manutenções de rotina.
Isso significa que pode desempenhar um importante papel na durabilidade da vida útil da obra.
Além disso, os projetos focados na sustentabilidade melhoram mesmo os custos e impactos para os usuários das edificações, reduzindo valor nas contas de água e luz, esses são alguns exemplos que a tecnologia da construção civil entra.
4. Constante tendência que já é realidade cotidiana
O BIM sempre vai aparecer como uma tendência na construção civil pelas diversas vantagens e melhorias que pode oferecer para as construtoras.
No entanto, é preciso entender que ele já é uma realidade na construção civil ao redor do mundo.
Essa metodologia já é considerada como uma necessidade que não pode ser ignorada por empresas que desejam maior precisão, economia e produtividade.
Mais do que isso, dependendo da área de atuação é uma metodologia obrigatória.
É isso mesmo, obrigatória. É o caso das obras públicas no Brasil que, por meio de um Decreto Federal, exigem o uso do BIM na hora de participar de licitações.
5. Foco na informação: o I antes do B
O B na sigla BIM, que significa modelagem, como vimos na introdução, sempre foi considerado como elemento mais importante dessa metodologia, uma vez que modelagem é a área principal de aplicação.
No entanto, nenhum dos benefícios do BIM pode ser conquistado se a informação não for colocada como prioridade.
Todos os resultados e vantagens dessa tecnologia estão associados ao banco de dados concreto e completo, ou seja, o conjunto de informações que servem de base para as decisões.
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Padronizar a linguagem dessa metodologia na gestão de obras, então, é indispensável e deve receber uma atenção especial.
6. Trabalho em conjunto é a receita para sucesso
A gestão de obras eficiente e baseada na informação só obtém os resultados esperados quando cada parte do processo está alinhada com as demais.
Entender o BIM como um trabalho em conjunto e não uma metodologia aplicada apenas pelo gestor, então, é ponto chave para o sucesso:
- Integrar a linguagem e padronizar o fluxo de informações em todos os departamentos
- garantir que trabalhadores no canteiro de obras recebam as informações, orientações e objetivos de forma completa, clara e objetiva
- oferecer canais de retorno para sugestões e reclamações
Essas são partes importantes do uso do BIM.
De nada adianta ter um software eficiente e uma metodologia otimizada se essas ferramentas não saem da sala da administração e alcançam o projeto como um todo.
O BIM é apenas o começo: fique de olho nos avanços
Cada nova tecnologia que surge, é adaptada ou melhorada para a construção civil é uma nova oportunidade para as construtoras melhorarem a qualidade, produtividade e lucratividade de suas obras.
Conhecer as novidades do mercado e de tecnologia da construção civil, então, é indispensável para o crescimento dos negócios.
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