Orçamento de obras: o que é, importância, benefícios e como fazer

Amanda Gregio

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Quando o assunto é construção civil, uma coisa é certa: sem um bom orçamento de obras, qualquer ação está sujeita a imprevistos, custos descontrolados e, pior, atrasos que podem comprometer todo o projeto. 

O orçamento de obras é muito mais do que uma lista de despesas, ele sustenta cada decisão e cada etapa do trabalho, garantindo que tudo seja executado dentro das expectativas financeiras e de tempo. 

Elaborar um orçamento preciso envolve entender não só os custos de materiais e mão de obra, mas também prever e planejar gastos adicionais, monitorar recursos e assegurar uma margem para eventuais ajustes no projeto. 

Ficou curioso para entender melhor como o orçamento pode ser o seu maior aliado na gestão de obras? Continue lendo e descubra como criar um orçamento eficiente e todos os benefícios que ele traz para o sucesso de um projeto.

O que é a etapa do orçamento de obras?

O orçamento de obras visa determinar os gastos para a realização de uma construção. Este documento engloba os custos desde a concepção até o momento em que está tudo completamente finalizado.  

Sem a estimativa mais assertiva possível, é provável que, ao longo da obra, faltem recursos financeiros para concluir as tarefas. O que pode provocar atrasos. Por isso, os profissionais precisam conhecer bem cada passo do processo do orçamento. 

Diferença entre orçamento e orçamentação

Embora pareçam a mesma coisa, orçamento e orçamentação são etapas diferentes e igualmente importantes na construção civil. O orçamento é o produto final, ou seja, o documento que contém todos os custos detalhados de um projeto – incluindo materiais, mão de obra, equipamentos, e eventuais despesas adicionais. 

Ele oferece uma visão precisa de quanto será necessário investir para concluir a obra, servindo como guia financeiro e estratégico.

Por outro lado, a orçamentação é o processo que leva à criação desse orçamento. Ela envolve uma série de análises, cálculos e planejamento para chegar aos valores reais de cada item necessário. Na orçamentação, os profissionais pesquisam preços, fazem cotações, avaliam fornecedores e detalham cada fase do projeto, buscando precisão e evitando surpresas no futuro. 

Em resumo, a orçamentação é o “caminho” que se percorre, enquanto o orçamento é o “destino” final, onde todos os números e informações se consolidam para dar base ao planejamento financeiro da obra.

Entender essa diferença pode ajudar a evitar erros, pois ao valorizar a orçamentação como uma fase essencial, é possível garantir que o orçamento final esteja alinhado com a realidade do mercado e as necessidades do projeto.

Por que utilizar um software de gestão para os seus orçamentos de obras?

Esses softwares ajudam no gerenciamento de obras, calculando os custos da construção a partir de relatórios e recursos completos sobre a obra. Como é o caso do Obra Prima! 

Além de orçamentos de construções, essa ferramenta ajuda no controle de estoque, gestão de compras e muito mais! 

Quais são os principais componentes de um orçamento de obra?

Montar um orçamento de obra vai muito além de listar preços e somar valores. Ele é composto por elementos estratégicos que ajudam a garantir clareza e precisão na execução do projeto. 

Cada componente do orçamento possui um papel fundamental para que a obra seja entregue no prazo, dentro do custo e com a qualidade esperada.

Vamos explorar os principais pilares de um orçamento de obra completo e funcional, desde a representação até a valoração e validade!

Poder de representação

O orçamento de obra precisa ter um poder de representação que reflita todos os custos e etapas de maneira realista. Ele é, afinal, a “cara” financeira do projeto e precisa ser construído de modo a representar fielmente tudo o que será necessário para a execução.

Isso inclui detalhar materiais, serviços, mão de obra e eventuais encargos. Um orçamento bem representativo permite que todos os envolvidos — desde os gestores até a equipe de campo — entendam o escopo do projeto e saibam exatamente o que será preciso para que ele avance conforme o planejado.

Exclusividade

Cada orçamento de obra é único, pois reflete as especificidades daquele projeto em particular. 

A exclusividade no orçamento leva em conta as necessidades exclusivas da construção, como tipo de material, tecnologias aplicadas, perfil da equipe e até o terreno onde será executada.

Esse componente é essencial para garantir que o orçamento seja adequado às condições e aos requisitos específicos do projeto, o que evita problemas futuros e torna o processo muito mais assertivo. 

Orçamentos genéricos podem trazer surpresas indesejadas, enquanto um orçamento exclusivo considera todas as variáveis.

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Valoração estimada

A valoração estimada é o processo de atribuir valores a cada item do orçamento. Aqui, são calculados os custos de cada material, serviço e mão de obra necessária para a construção.

Esse componente exige pesquisa, cotações e, muitas vezes, uma boa dose de experiência para prever com precisão o quanto será gasto. 

A valoração estimada é o coração do orçamento: quanto mais detalhada e realista, menor a chance de estouro de custos e desvios no decorrer da obra. 

A meta é que o valor final do orçamento esteja o mais próximo possível do custo real da execução.

Validade temporal

Um orçamento precisa ter uma validade temporal, ou seja, ele deve ser feito para um período específico. Isso porque os preços de materiais, mão de obra e serviços podem variar ao longo do tempo, e um orçamento que não considera essa mudança pode rapidamente ficar desatualizado. 

A validade temporal é o que permite que o orçamento tenha uma margem de precisão ao longo da execução da obra. 

Trabalhar com um prazo definido para o orçamento evita que o gestor enfrente reajustes inesperados e mantém o projeto alinhado ao mercado atual, dando mais segurança financeira ao longo do processo.

Quais os benefícios do orçamento de obras?

Seguir da forma correta as etapas de um orçamento de obras oferece benefícios e evita imprevistos. Confira abaixo quatro vantagens de investir em um cálculo eficiente e assertivo nos projetos da construção civil: 

Redução de custos

Contar com um bom orçamento de obras possibilita saber exatamente quanto cada etapa e elemento custará. Dessa maneira, os profissionais podem analisar a troca de materiais ou até quais técnicas representam uma despesa maior. Isso permite diminuir os gastos, mantendo um planejamento de obras e tomando decisões antecipadamente. 

Controle de planejamento

Outra grande vantagem é no momento de controlar o planejamento. Isso porque, para elaborar um orçamento de obras, é necessário especificar todas as fases do projeto. Assim, durante o gerenciamento, é possível usar as informações para controlar tudo de forma mais assertiva e prática. 

Maior rentabilidade

É possível potencializar os lucros do empreendimento. Evitando erros, tomando decisões que diminuam os gastos e com uma visão mais objetiva do custo final, se define um valor de venda mais realista. Assim, a construtora consegue uma rentabilidade maior.

Aumento do reconhecimento no mercado

Por fim, o processo garante mais confiança e credibilidade com os clientes. Quando a empresa não é capaz de realizar corretamente as etapas do orçamento de obras, caso o valor da compra precise ser aumentado pode resultar em um maior descontentamento e perda de compradores. 

O que um orçamento de obras precisa ter?

É preciso dispor de uma grande quantidade de dados para elaborar um bom orçamento de obras. Além de um conhecimento em detalhes dos métodos construtivos a serem empregados. Não é possível realizar um cálculo confiável se parte dos insumos ainda não estiver nas especificações determinadas. 

As construtoras podem chegar a custos diferentes para um mesmo projeto. Isso acontece pela diversidade dos insumos usados, pelas diferentes técnicas e preço da mão de obra. 

Logo, esse ciclo também é essencial para a concorrência entre organizações. Pois os consumidores geralmente escolhem as empresas que apresentam o custo mais baixo. Dessa maneira, realizar as etapas do orçamento de obras da forma correta assegura que as companhias e os clientes não fiquem no prejuízo.  

Como definir o investimento em uma obra? 

Para definir o investimento em uma obra, é fundamental começar com um orçamento detalhado que contemple todas as etapas do projeto, desde a compra de materiais e contratação de mão de obra até possíveis despesas extras e imprevistos. 

É importante considerar também o tipo de obra, a complexidade e o tempo de execução. Realizar cotações de mercado e utilizar ferramentas de gestão ajudam a obter um valor mais preciso, evitando surpresas financeiras. Mas antes da etapa de cálculos, entenda quais são as três fases principais que correspondem à elaboração e à determinação do investimento em uma construção:

Análise

Nesta etapa, a quantidade de profissionais envolvidos dependerá da complexidade e do tamanho do projeto. Mas é necessário sempre contar com um arquiteto ou engenheiro. É preciso analisar a viabilidade da obra a ser executada, levando em consideração o que será construído, para quem e o motivo. 

Além disso, é preciso avaliar se o custo aplicado ao investimento vai gerar o lucro desejado, mantendo um orçamento realista. Também é importante saber se o projeto está de acordo com as leis vigentes do local da obra. Se houver inadequações, isso vai gerar mais custo e tempo no orçamento. 

Documentação

Depois é preciso estudar toda a documentação necessária e os possíveis custos para a aprovação. 

Ter uma lista com tudo o que for preciso e os devidos responsáveis pode ser de grande ajuda. Inclusive para prever quando os papéis serão necessários e prepará-los com antecedência, evitando atrasos no cronograma de obras. 

Tomada de decisões

Por fim, é determinado o potencial do empreendimento. É necessário calcular o tempo médio que a edificação levará e os possíveis atrasos e com isso fazer uma previsão do mercado imobiliário para quando a obra for concluída. 

Essa avaliação é fundamental, porque talvez os lucros que o projeto geraria podem ser diferentes após a conclusão da obra, caso o mercado esteja em baixa ou em alta. 

Como uma obra pode durar meses ou até anos, algumas estimativas de custo nem sempre são assertivas. Isso porque alguns dos valores de serviços e insumo podem mudar com o tempo. Portanto, é essencial prever da forma mais precisa possível tudo que pode acontecer ao longo da construção. 

Ao final dessas três etapas, o investimento disponível, a estimativa do lucro e o tempo tempo para fazer a obra precisam estar determinados para que a elaboração das etapas do cálculo possam começar. 

Como fazer um bom orçamento de obras?

Então agora, vamos para o passo a passo para montar o orçamento de obras nos projetos da construção civil, acompanhe: 

  1. Identifique as etapas e serviços da obra;
  2. Faça um levantamento dos quantitativos;
  3. Utilize as composições de custos;
  4. Utilize a curva ABC;
  5. Precificação por meio BDI;
  6. Use a tecnologia a seu favor. 

Entenda melhor cada um dos passos: 

1. Identifique as etapas e serviços da obra

O primeiro passo é identificar as etapas e serviços necessários para a realização da construção. Isso porque, sem conhecimento das tarefas é difícil prosseguir com a pauta orçamentária. 

Em resumo, o custo direto total se refere ao custo orçado para cada serviço que a integra. Com isso, somente ao identificar você poderá estimar os gastos. 

Compõe cada etapa da obra por muitos serviços. Por isso, observar a situação do local em que a construção estará é um bom começo. Além disso, aproveite para observar as dificuldades de acesso, mão de obra local, transporte público, etc.   

2. Faça um levantamento dos quantitativos

Depois, é preciso quantificar cada um dos serviços. Orçamentos precisos e viáveis dependem do sucesso dessa operação, sendo que ela corresponde à análise e ao cálculo das áreas e quantidades de serviços em cada etapa. 

O levantamento quantitativo assertivo oferece vantagens como a possibilidade de levantar um montante de serviços e materiais para realizar cotações com fornecedores no mercado e dimensionar o tamanho do time. 

3. Utilize as composições de custos

O terceiro passo é encontrar os custos diretos totais e unitários de cada serviço, das etapas e do todo. 

Resumindo, os custos diretos representam os valores somados de materiais, mão de obra, equipamentos e despesas relacionadas diretamente à realização do projeto. Nesse sentido, trabalhar com a apropriação dos custos garante vantagem, já que consegue desenvolver um potencial banco de dados de composições de custos relacionados aos serviços. 

4. Utilize a curva ABC

A curva ABC é um método usado para avaliar mão de obra, insumos, itens, equipamentos e outros elementos que geram custo na execução de uma obra ou prestação de um serviço. 

Em síntese, ela se baseia em um cálculo de 80/20 por identificar 80% das consequências são, geralmente, provocadas por 20% das causas. Por exemplo: 20% dos itens do orçamento podem corresponder a 80% dos custos. 

5. Precificação por meio BDI

O próximo passo é precificar a obra. Normalmente, isso se faz com o método Benefícios e Despesas Indiretas (BDI). O objetivo principal é realizar o cálculo do índice a ser aplicado sobre os custos diretos levantados para a execução do projeto, para obter o preço final. 

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6. Use a tecnologia a seu favor 

A tendência tecnológica para o setor visa otimizar os processos de gestão de obras. Um exemplo é o software de gestão remota de obras. Entenda a seguir por que ele é fundamental para o sucesso do empreendimento. 

Orçamento de obras: como o Obra Prima pode ajudar?

Com o Obra Prima, o processo de orçamento de obras se torna mais preciso, rápido e descomplicado. 

Imagine conseguir calcular todos os custos do seu projeto em minutos, integrando tabelas de referência como SINAPI, organizando seus itens por categorias e fases, além de visualizar o impacto de cada gasto com a curva ABC. 

Esse nível de controle permite que você mantenha o foco na execução, sabendo que os números estão sempre atualizados e bem organizados. 

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