Você já ouviu falar em “As Built”? Essa é uma das etapas mais importantes para garantir a qualidade e a precisão de uma obra, servindo como um registro completo e detalhado de como o projeto foi executado.
Para quem trabalha com gestão de obras, engenheiros, arquitetos e outros profissionais da construção civil, entender o “As Built” é essencial para garantir que todas as mudanças sejam documentadas corretamente, além de facilitar futuras manutenções e reformas.
Continue lendo e descubra como o “As Built” pode ser um grande aliado no sucesso de sua obra!
O que é o As Built de uma obra?
O As Built é um conjunto de documentos e registros técnicos que refletem fielmente como a obra foi construída, levando em consideração todas as alterações realizadas em relação ao projeto original.
Durante o processo de construção, é comum que ajustes sejam feitos devido a necessidades práticas ou alterações no projeto inicial. O As Built serve para registrar todas essas modificações, criando um registro detalhado e atualizado da obra.
Esse documento inclui plantas, cortes, elevações e outros elementos de projeto, agora com as dimensões e características reais, e deve ser produzido ao final de cada fase ou quando as mudanças mais significativas ocorrerem.
As built: qual sua importância na construção civil?
A importância do As Built na construção civil não pode ser subestimada. Ele funciona como um “espelho” da obra, oferecendo uma documentação precisa e completa do que foi executado.
Essa documentação é fundamental para garantir a confiabilidade e a conformidade das obras com as exigências de projeto e de segurança. O As Built facilita a execução de futuras reformas, ampliações ou manutenções, pois os dados que estão registrados podem ser usados como base para trabalhos subsequentes.
Ter um As Built adequado e bem feito também é uma forma de garantir que a obra atenda às normas legais, evitando problemas jurídicos e disputas em caso de falhas estruturais ou alterações não previstas.
Quem precisa fazer um As Built?
A responsabilidade de elaborar o As Built geralmente recai sobre os engenheiros e arquitetos responsáveis pela obra. Porém, ele também deve ser elaborado em conjunto com a equipe de construção, que garante que todas as modificações e detalhes executados durante a obra sejam documentados corretamente.
O As Built também é importante para o cliente final, que pode utilizá-lo para futuras consultas, reformas ou manutenções, e até mesmo para fins de venda ou locação da propriedade. Portanto, é uma responsabilidade compartilhada entre os profissionais envolvidos no projeto e na execução da obra.
Quais são os tipos de as built?
O conceito de As Built pode ser aplicado em diferentes áreas da construção civil, refletindo as necessidades específicas de cada tipo de projeto.
A seguir, vamos explorar os principais tipos de As Built, como eles são aplicados e a importância de cada um.
1. Arquitetônico
O As Built Arquitetônico é a versão final das plantas arquitetônicas, refletindo todas as modificações que ocorreram durante a execução do projeto.
Ele inclui detalhes sobre a disposição dos ambientes, acabamentos, portas e janelas, e outras características que impactam diretamente na forma do edifício.
Ter o As Built Arquitetônico é crucial para futuras reformas e também para garantir que a edificação atenda às expectativas iniciais do cliente.
2. Elétrico
O As Built Elétrico documenta as alterações realizadas nas instalações elétricas, como fiação, distribuição de energia, pontos de iluminação e tomadas.
Ele é essencial para garantir que as instalações elétricas atendam aos padrões de segurança e funcionamento, e também para facilitar manutenções futuras, garantindo que os profissionais de manutenção tenham acesso às informações corretas.
3. Hidrossanitário
O As Built Hidrossanitário registra as modificações no projeto hidráulico e sanitário da obra, incluindo a localização de tubulações, caixas de passagem, pontos de água e esgoto, entre outros.
Esse tipo de As Built é fundamental para a realização de reparos e manutenções na parte hidráulica da edificação, além de garantir o cumprimento das normas de segurança e eficiência no uso da água.
4. Outras tipologias
Além dos tipos mais comuns de As Built como os arquitetônicos, elétricos e hidrossanitários, há diversas outras tipologias que podem ser aplicadas dependendo das especificidades de cada projeto.
Por exemplo, As Built para sistemas de climatização, segurança, iluminação e até mesmo para instalações especializadas como sistemas de automação predial.
Cada tipologia vai exigir um detalhamento específico e um tipo de documentação que atenda às necessidades daquela área, mas a ideia central permanece a mesma: fornecer um registro fiel de como as obras foram executadas em relação aos projetos originais.
O uso desses As Built adicionais facilita a manutenção futura e a adaptação das instalações, além de garantir a transparência em todos os processos.
O As Built não deve ser apenas um registro, mas uma ferramenta prática para gerenciar qualquer modificação nas etapas de execução.
Por isso, manter cada área do projeto documentada é fundamental para o sucesso da obra, principalmente quando falamos de sistemas e componentes que podem ter um impacto direto na funcionalidade e segurança da construção.
Como fazer o As built?
Criar um As Built eficaz exige um processo meticuloso de coleta de dados, revisão e registro. A chave para um As Built bem-sucedido está em garantir que as informações sobre a execução da obra sejam coletadas durante todo o processo e que o registro final seja completo e claro.
Não é apenas uma tarefa de “marcação” do que foi feito, mas sim um documento técnico que precisa ser bem estruturado para garantir a precisão e utilidade para todas as partes envolvidas. Esse processo também deve ser dinâmico, com atualizações contínuas à medida que novas informações surgem.
Abaixo, veja as etapas essenciais para a elaboração do As Built:
Etapa 1 – Análise de dados
A análise de dados é o primeiro passo para a criação de um As Built detalhado. Isso envolve a revisão cuidadosa dos projetos originais, incluindo plantas, especificações e contratos.
A análise de dados também inclui a observação de quaisquer modificações feitas durante a execução da obra, como mudanças nos materiais, no projeto ou na execução de etapas específicas. A análise inicial é essencial para garantir que todas as mudanças sejam registradas e explicadas, criando uma base sólida para a documentação futura.
Etapa 2 – Registro de dados
Após a análise de dados, o próximo passo é o registro efetivo das modificações e dos detalhes do processo de construção. Isso pode envolver desenhos revisados, atualizações em especificações e até mesmo notas de campo feitas pelos engenheiros e arquitetos responsáveis.
O objetivo é garantir que o As Built contenha todas as informações que permitam uma visualização clara de como a obra foi finalizada em comparação com o projeto original. É fundamental que o registro seja o mais preciso possível, para que o documento tenha valor legal e técnico.
O que deve conter em um projeto As Built?
Quando se trata de um projeto As Built, há uma série de elementos que devem ser obrigatoriamente incluídos para garantir que o documento seja completo, útil e esteja em conformidade com os requisitos técnicos.
Vamos entender os principais:
Desenhos
Os desenhos são a parte mais visível do As Built. Eles devem refletir com precisão todas as mudanças feitas no projeto original durante a execução da obra.
Isso inclui alterações no layout, nos acabamentos, nas fundações, nas estruturas e nos sistemas instalados. Esses desenhos devem ser detalhados e mostrar a nova disposição dos elementos construtivos, com todas as medidas e especificações ajustadas.
Especificações
As especificações detalham os materiais, processos e técnicas utilizadas durante a execução da obra. Elas devem ser ajustadas conforme o que foi realmente utilizado no local.
É importante garantir que essas especificações sejam claras e que todas as alterações, mesmo as pequenas, sejam registradas. Isso inclui modificações nos acabamentos, nas tecnologias usadas e nas práticas construtivas.
Relatórios e registros de inspeção
Os relatórios de inspeção são outra parte crucial do As Built. Eles são essenciais para garantir que todos os aspectos da obra tenham sido avaliados e verificados durante sua execução.
Esses registros são importantes não apenas para o cliente final, mas também para futuras manutenções e eventuais auditorias. Esses documentos devem cobrir todas as etapas críticas da obra, incluindo verificações de qualidade, segurança e conformidade com as normas regulamentadoras da construção civil.
Quais são os desafios na elaboração do As Built?
A elaboração do As Built pode ser um processo desafiador, principalmente quando não há uma documentação precisa e completa durante as fases da construção.
Entre os principais desafios enfrentados estão:
1. Falta de registros adequados durante a obra
Um dos maiores desafios na elaboração do As Built é a falta de registros adequados durante a obra. Sem um controle rigoroso de todas as alterações e etapas executadas, o processo de documentação do As Built pode se tornar uma tarefa complicada e imprecisa.
Isso pode ser evitado com o uso de tecnologias que permitam o registro de dados em tempo real, como softwares de gestão de obras, garantindo que todas as informações sejam capturadas de forma clara e precisa.
2. Complexidade em projetos de grande porte
Projetos de grande porte, como edifícios comerciais ou complexos industriais, possuem um número elevado de modificações durante a execução, o que pode tornar a criação do As Built mais complexa.
Nesse tipo de projeto, é fundamental ter uma equipe bem treinada e ferramentas de gestão que integrem todas as alterações feitas nas diversas etapas da obra. Quanto maior o projeto, maior o cuidado necessário para garantir que todas as mudanças sejam corretamente documentadas.
3. Uso de métodos ultrapassados e falta de tecnologia
O uso de métodos tradicionais de construção e de documentação pode atrasar e comprometer a qualidade do As Built.
Em muitos casos, a falta de tecnologia resulta em registros manuais imprecisos ou atrasados, o que pode prejudicar o processo de finalização do projeto. Investir em ferramentas digitais, como um software de gestão de obras, facilita o processo, tornando-o mais eficiente e seguro.
4. Falta de comunicação entre equipes
A falta de comunicação eficiente entre as diferentes equipes envolvidas na obra pode resultar em falhas na documentação do As Built.
Quando as alterações não são devidamente comunicadas entre as equipes de obra, engenharia e arquitetura, é mais provável que faltem dados importantes no As Built, comprometendo sua precisão e utilidade futura.
As built e tecnologia: garantindo os melhores resultados
A tecnologia desempenha um papel fundamental na criação de um As Built eficiente e preciso. Ferramentas digitais como o Obra Prima permitem registrar, organizar e atualizar as informações em tempo real, garantindo que todas as alterações durante a execução da obra sejam registradas de forma organizada e sem falhas.
Experimente e descubra como a tecnologia pode melhorar a gestão da obra e a criação do As Built, garantindo que você tenha todas as informações necessárias para futuras manutenções, reformas e auditorias. Com o Obra Prima, você tem o controle total da obra ao seu alcance!