Gestão financeira de obras: desafios e 10 dicas para realizar

Amanda Gregio

Não é exagero dizer que a gestão financeira de obras é o alicerce invisível de qualquer obra bem-sucedida. Mesmo com um cronograma impecável e uma equipe técnica qualificada, se os números não estiverem sob controle, o projeto corre o risco de parar, ou pior: gerar prejuízo. 

Gerenciar bem os recursos financeiros é o que garante que cada insumo, equipamento e profissional esteja disponível na hora certa, dentro do orçamento e com o retorno esperado. E mais do que uma planilha qualquer, a gestão financeira de obras exige método, disciplina e ferramentas apropriadas para acompanhar receitas, custos, investimentos e fluxo de caixa com precisão.

Se você busca crescimento sustentável e quer proteger sua margem de lucro do início ao fim do projeto, siga com a leitura e descubra tudo o que você precisa dominar sobre a gestão financeira de obras!

O que é gestão financeira de obras?

A gestão financeira de obras é o conjunto de práticas e ferramentas que garantem que todos os recursos econômicos de um projeto sejam utilizados de forma eficiente, dentro do orçamento e com foco em rentabilidade. 

Em outras palavras, é ela quem monitora cada centavo que entra e sai do canteiro. Isso inclui o controle de custos diretos e indiretos, o planejamento de desembolsos, a análise de rentabilidade por fase da obra e o acompanhamento do fluxo de caixa. 

Uma boa gestão financeira permite prever desvios, evitar estouros orçamentários e tomar decisões assertivas antes que os problemas apareçam. É uma atividade estratégica, que anda lado a lado com o planejamento físico e a execução da obra.

Quais são os 4 pilares da gestão financeira?

Para que a gestão financeira funcione de verdade e não apenas como uma formalidade, é preciso que ela se apoie em quatro pilares essenciais, que garantem controle, previsibilidade e clareza em todas as fases do projeto.

1. Planejamento

Tudo começa com um bom planejamento financeiro. Ele determina o orçamento da obra, detalha os custos por etapa, define o cronograma de desembolsos e antecipa os recursos necessários. Sem planejamento, o financeiro vira reação e isso é o que mais consome lucro no setor.

2. Monitoramento e controle

Depois que a obra começa, o segredo está em acompanhar tudo de perto. Aqui entram ferramentas que mostram o previsto x realizado, medem a performance de custos e alertam sobre qualquer variação. É o pilar que permite agir rápido para evitar desvios e garantir previsibilidade.

3. Organização e registro de dados

Não dá para confiar apenas na memória ou em anotações soltas. A gestão exige registros organizados de contratos, notas fiscais, pagamentos, boletos, medições e relatórios. Esses dados são a base para decisões embasadas e também para auditorias e prestação de contas.

4. Análise e tomada de decisão

Com os dados corretos em mãos, chega a hora de pensar estrategicamente. A análise permite identificar gargalos financeiros, fases críticas, oportunidades de economia e áreas de alto custo. É o momento de ajustar o plano, renegociar fornecedores ou realocar recursos com inteligência.

Por que contar com uma boa gestão financeira de obra?

Certamente, contar com uma boa gestão financeira de obra é primordial para assegurar que a realização seja finalizada dentro do prazo, orçamento e qualidade prevista. A seguir, confira algumas das principais vantagens.

  • Controle de orçamento: controlar e monitorar os custos da construção, garantindo que seja concluída dentro do orçamento previsto;
  • Planejamento: previsão dos custos futuros, auxiliando na identificação de possíveis problemas e encontrando soluções com agilidade;
  • Transparência: garante transparência nos investimentos e despesas, possibilitando a tomada de decisão baseada em dados reais;
  • Otimização dos recursos: melhora a utilização dos recursos disponíveis, ajudando a aumentar o retorno sobre o investimento;
  • Incremento na qualidade: permite investir em melhorias de qualidade, assegurando que a construção atenda às expectativas do cliente e aos padrões de qualidade determinados.

Quais são as 10 dicas para realizar uma boa gestão financeira de obra?

A gestão integrada na construção civil é uma das principais soluções para um bom gerenciamento financeiro de obras. Afinal, ela deve ser realizada de maneira estratégica, alinhando a gestão e o planejamento. Confira 10 dicas de como fazer isso.

1. Análise de viabilidade financeira

O começo de uma construção exige que seja feita uma análise da viabilidade financeira do projeto. Por isso é preciso levantar todos os benefícios e riscos, custos, entendendo se o investimento vai trazer retorno positivo ou não. 

2. Criação de um orçamento detalhado e realista

Primeiramente, é fundamental criar um orçamento realista e detalhado que contemple todos os custos previstos, incluindo mão de obra, materiais, despesas gerais e equipamentos. 

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3. Previsão orçamentária

É importante realizar uma previsão orçamentária, o propósito é fazer um acompanhamento financeiro para analisar se é preciso ajustar algo durante o projeto com base no que é determinado por seção. 

4. Estabelecimento de um sistema de controle de custos

Essa dica é importante porque assim é possível monitorar e controlar os custos da construção em tempo real. Dessa maneira, não há como extrapolar a verba determinada na etapa anterior, uma vez que tudo é anotado e monitorado a todo momento. 

5. Negociação

Não deixe de negociar com os fornecedores e contratados, buscando as melhores ofertas, condições de pagamento e preços. 

6. Identificação e gerenciamento de riscos

É crucial identificar e gerenciar os riscos potenciais que podem afetar o orçamento e o cronograma de obras. Para isso, utilize índices financeiros, como por exemplo: 

  • índice PINI e custos de obras de infraestrutura;
  • custos unitários PINI de edificações (CUPE);
  • custo unitário básico por metro quadrado;
  • benefícios e despesas indiretas (BDI). 

7. Monitoramento do progresso da obra

Lembre-se de monitorar a construção! O acompanhando com regularidade é fundamental para assegurar que está seguindo o cronograma e o orçamento estabelecido. Além disso, avalie os relatórios e compare-os com o plano. 

8. Controle de qualidade

Determine um sistema de controle de qualidade para assegurar que a construção atenda aos padrões predeterminados. Afinal, não adianta cumprir prazos, mas entregar tudo mal feito. 

9. Revisão de relatórios financeiros

Revise os relatórios financeiros regularmente! Assim, você garante que tudo está dentro do orçamento combinado, podendo identificar problemas que possam aparecer. 

10. Adoção de tecnologias

Usar a tecnologia na construção civil, com ferramentas como softwares de gestão financeira de obra e um ERP, pode ajudar a automatizar processo e então aumentar a eficiência e precisão no gerenciamento de todos esses pontos, diminuindo prejuízos e erros. 

Quais são os desafios da gestão financeira de obras?

Como você pode perceber, a gestão financeira de obras é uma atividade complexa que vai muito além de manter as contas em dia. Ela exige antecipação, precisão, visão estratégica e capacidade de lidar com as muitas variáveis que surgem durante a execução de um projeto. 

Mesmo com um bom planejamento, alguns desafios são recorrentes e exigem atenção redobrada dos profissionais da construção civil. Vamos explorar os principais pontos de atenção abaixo:

Flutuação de preços da mão de obra e materiais

Um dos maiores desafios é lidar com a instabilidade de preços. A inflação no setor, especialmente em materiais como aço, cimento e cabos elétricos, pode causar grandes desvios entre o previsto e o realizado. 

A mesma variabilidade ocorre com os custos da mão de obra, influenciados por sazonalidade e disponibilidade. Para contornar, é essencial ter um bom histórico de compras, contratos bem definidos e margem de segurança no orçamento.

Mudanças no projeto ou escopo da construção

Mudanças técnicas, alterações no escopo ou pedidos de clientes durante a execução podem impactar diretamente o planejamento financeiro. Cada nova demanda exige revisão de custos, planejamento de cronograma e redirecionamento de recursos. 

Se não forem formalizadas corretamente, essas alterações podem gerar confusão e gastos fora do controle. Ter um processo claro de gestão de escopo e documentação das mudanças é fundamental.

Atrasos na entrega de equipamentos ou insumos

A logística de obras é sensível e qualquer atraso na entrega de materiais ou equipamentos pode paralisar atividades inteiras. Isso gera custos adicionais com ociosidade de mão de obra, reajuste de cronogramas e, em muitos casos, penalidades contratuais. 

Um bom planejamento de suprimentos, parcerias confiáveis e monitoramento constante de pedidos ajudam a reduzir esse risco.

Problemas para manter o controle e o acompanhamento dos custos

Sem um sistema de controle financeiro integrado, é muito difícil ter visão em tempo real dos custos acumulados. A falta de previsão x realizado, dashboards atualizados e relatórios claros dificulta a tomada de decisão e expõe a obra a desvios significativos. Investir em tecnologia de gestão é essencial para garantir transparência e controle rigoroso dos gastos.

Dificuldades de comunicação ou colaboração entre os membros do time

Quando diferentes setores ou profissionais envolvidos na obra não estão alinhados, os reflexos são imediatos nas finanças. Falta de repasse de informações, atraso na entrega de medições ou erros de comunicação podem comprometer o fluxo financeiro. 

O uso de ferramentas colaborativas e reuniões frequentes de alinhamento são soluções práticas para evitar esse gargalo.

Problemas de gestão de imprevistos e riscos

Toda obra está sujeita a imprevistos: chuvas intensas, falhas de fornecimento, problemas com mão de obra, entre outros. Sem uma gestão de riscos estruturada, qualquer ocorrência inesperada pode desequilibrar o orçamento. Mapear riscos, elaborar planos de contingência e definir responsabilidades minimiza os impactos financeiros desses eventos.

Falta de controle e garantia de qualidade

A falta de um padrão de qualidade na execução dos serviços compromete não só o produto final, mas também gera retrabalho, um dos maiores vilões do custo em obras. Garantir controle de qualidade desde o início, com inspeções sistemáticas e checklists de entrega, reduz desperdícios e aumenta a eficiência financeira do projeto.

Como resolver os problemas da gestão financeira de obra?

Resolver os principais desafios da gestão financeira de obras exige um conjunto de estratégias bem estruturadas e uma postura proativa por parte de todos os envolvidos. 

O primeiro passo é implementar um controle rigoroso dos custos, o que passa pela adoção de ferramentas digitais que centralizam as informações e permitem acompanhamento em tempo real. 

Dessa forma, é possível monitorar flutuações de preços de materiais e mão de obra com maior precisão, ajustar orçamentos com agilidade e negociar melhores condições com fornecedores.

Outro ponto essencial é manter uma gestão eficiente do escopo. Mudanças no projeto, quando inevitáveis, devem ser acompanhadas de uma atualização do orçamento e do cronograma, sempre com comunicação clara entre todas as partes envolvidas. 

Evita-se assim que alterações causem desequilíbrios financeiros e atrasos. Essa mesma atenção vale para a logística: prazos bem definidos e controle de entregas ajudam a evitar paralisações por falta de insumos.

A capacitação da equipe também tem impacto direto no sucesso financeiro do projeto. Um time bem treinado, com atribuições claras e autonomia para resolver situações emergenciais, contribui para uma obra mais fluida e com menos desperdício. 

Além disso, a cultura de colaboração deve ser estimulada para melhorar a comunicação entre as áreas técnica, administrativa e financeira, reduzindo falhas de repasse de informações que geram erros e retrabalho.

Software de gestão de obras do Obra Prima: mais controle para a sua gestão financeira

Manter a saúde financeira de uma obra exige muito mais do que planilhas e controles manuais, exige precisão, agilidade e visão estratégica. É exatamente isso que o Obra Prima oferece: uma plataforma completa e intuitiva que centraliza todo o fluxo financeiro da obra em um só lugar. 

Com ela, você acompanha o previsto comparado ao realizado em tempo real, controla entradas e saídas com clareza, organiza cronogramas financeiros e evita surpresas no orçamento. 

O resultado? Mais controle, decisões baseadas em dados e obras finalizadas dentro do prazo e do orçamento. Se você quer profissionalizar sua gestão financeira e elevar o nível das suas entregas, o momento de experimentar o Obra Prima é agora.

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