Conheça as expectativas para o pós-pandemia em 2021 e prepare-se para o boom imobiliário que se aproxima.
Ainda que o maior medo das construtoras fosse a fragilidade do mercado de construção, que estava saindo de uma crise, o período da pandemia não parece ter freado tanto assim o crescimento do setor.
O Covid-19 poderia ter causado muito mais estrago, mas a realidade é que as construtoras já vinham se preparando para aproveitar as melhoras na crise e, por isso, possuíam uma estrutura mais concreta de gestão.
Passamos muito tempo no blog oferecendo dicas para a construtora que fechou no vermelho melhorar a gestão de obra e como garantir a eficácia no controle financeiro e as construtoras que se atentaram a eles puderam gerar crescimento com as oportunidades vistas na pandemia.
Não é que o setor não tenha sido impactado.
As restrições na mobilidade e necessidade de isolamento reduziu a velocidade dos trabalhos. Além do número menor de pessoas trabalhando, EPIs e outras medidas sanitárias ganharam mais importância e receberam um investimento maior do que o habitual.
O atual período é de incertezas, claro, especialmente para as construtoras que esperavam e contavam com as perspectivas de crescimento intenso do mercado em 2020.
Ainda assim, nada de desespero, as previsões para 2021 são boas e o conselho dos especialistas é de preparar-se para um boom imobiliário, um dos maiores que o mercado Brasileiro já viu.
Entenda o novo cenário trazido pela pandemia e descubra como preparar sua construtora para o que vem por aí.
A realidade antes da pandemia era de crescimento exponencial do mercado de construção civil. Não precisamos dizer que já em março esse crescimento mostrava uma desaceleração.
Segundo matéria da Infomoney sobre os efeitos econômicos no setor que a pandemia causou:
“O Índice de Confiança da Construção (ICST), publicado pela instituição, recuou 2,0 pontos em março, alcançando 90,8 pontos, refletindo piora da percepção dos empresários principalmente em relação às expectativas para os próximos três e seis meses.”.
Ainda assim, o blog e muitos outros portais de confiança sobre Economia mostravam que as esperanças e expectativas de uma recuperação não eram inexistentes.
Enquanto muitos focavam nas perdas causadas pelo coronavírus, a construção civil começou a se reinventar, mais uma vez.
Esse parece ser um padrão muito benéfico do setor de construção: sua habilidade em encontrar na tecnologia oportunidades que revertam os cenários de crise.
Se a tendência de digitalizar processos já existia, em 2020 ganhou ainda mais atenção e força.
- Processos digitais,
- controles de fluxos de caixa,
- estoque,
- compras,
- cronograma e orçamentos por aplicativos,
- compartilhamento de documentos na nuvem e otimização dos canais de comunicação com clientes,
- equipes e fornecedores…
Tudo isso se tornou questão de sobrevivência.
Já preparadas para uma realidade de menor interação pessoal presencial e com ferramentas cada vez mais eficientes para o trabalho por meio do digital, não é de se espantar que a pandemia tenha trazido só uma desaceleração e não queda no crescimento do setor.
Mesmo com a necessidade de isolamento, muitos governos ofereceram incentivos para que a construção não congelasse completamente suas atividades e essa foi uma das maiores oportunidades para construtoras prontas para reinventar seus processos.
A nova logística de transporte de trabalhadores, regras para o número de pessoas no canteiro de obras e medidas sanitárias colocaram em vantagem construtoras que possuíam sistemas de gestão de obras eficientes e com todos os departamentos integrados.
Quanto mais controle a construtora possui, mais fácil foi se adaptar. Essa regra vai continuar a valer para os próximos anos, já que eficiência na gestão e digitalização de processos deixou de ser uma tendência para se tornar pré-requisito na construção.
Com essas mudanças e com a situação da pandemia começando a se estabilizar e deixar claras as novas oportunidades, começa a aparecer a tendência de um boom imobiliário para os próximos anos. Isso acontece, principalmente por dois fatores:
- Maior disponibilidade de crédito;
- Mudanças nos hábitos da sociedade.
Como funciona essa maior disponibilidade de crédito?
Os diversos incentivos governamentais, resultado da baixa capacidade de compra e aumento do desemprego na pandemia, acabaram criando um contexto em que bancos estão oferecendo mais empréstimos do que nunca.
Segundo depoimento do apresentador e economista Ricardo Amorim em sua fanpage no Facebook:
“No mês de agosto se a gente for pegar os financiamentos com recursos da caderneta de poupança, eles cresceram 75% em relação a agosto do ano passado”.
Com isso, a possibilidade de investimentos em imóveis na construção civil se torna mais viável para a população. Mais financiamentos e taxas de juros mais baixas são uma realidade que facilita o plano de adquirir a casa própria.
Essa mesma mudança vale para incorporadoras e outras empresas, que percebendo a tendência de mercado, buscam esses financiamentos para começar a planejar a construção de novos empreendimentos.
Tudo isso cria um ambiente muito propício para construtoras preparadas para trabalhar na nova realidade de pandemia fechar contratos e organizar o crescimento e lucratividade para os próximos anos.
Quais são as mudança de hábitos na sociedade?
A realidade do isolamento deu uma nova perspectiva para as pessoas sobre as necessidades do lugar onde moram e trabalham. Uma nova visão sobre o que é uma casa ou apartamento onde se tem conforto mesmo em situações mais complicadas.
A importância de ter como objetivo a casa própria e espaços de trabalho que funcionem sem gerar muitos custos em situações de home office ou de necessário distanciamento, criam a necessidade de buscar alternativas na construção.
Essas alternativas não são necessariamente ligadas a aquisição de novos imóveis, mas abrem muito espaço para reformas.
O home office é uma tendência criada pela pandemia e que vai ganhar cada vez mais força. Perceber que se pode reduzir custos na empresa com trabalhadores remotos foi uma grande mudança de mentalidade.
Com isso, a busca por escritórios menores, para poucos funcionários e de reformas em residências para criar escritórios mais funcionais pode ser muito grande.
Construtoras e as oportunidades do boom imobiliário⠀
Com mais crédito disponível e uma necessidade maior de buscar por residências e escritórios que se enquadrem melhor na nova realidade cria oportunidades.
Para aproveitá-las, no entanto, a construtora deve investir em adequações à nova realidade.
Não basta mais fazer um com trabalho na construção civil, é essencial otimizar processos e digitalizá-los para atender a demanda por isolamento ao mesmo tempo que se cria uma comunicação eficiente.
Construtoras que ainda não investem em softwares de gestão de obra e em sistemas na nuvem para compartilhamento de informações com clientes, fornecedores e com o canteiro de obra ficarão para trás nesse processo.
Sabendo que o mercado imobiliário tende a crescer nos próximos anos, sua construtora já pode se preparar para suas necessidades específicas:
- Conhece a documentação e as autorizações específicas da área?
- Possui sistemas de gestão eficiente?
- Sabe como organizar orçamentos e cronogramas para reformas que garantam o conforto dos clientes?
Se sua resposta é não para alguma dessas perguntas, é hora de buscar mais informação e se preparar para crescer.
Para ajudar, o blog Obra Prima traz os conteúdos mais importantes e completos da área de construção, ajudando pequenas, médias e grandes construtoras a aproveitar todas as oportunidades do boom imobiliário que vem por aí.